quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Dom Jaime Pedro Gonçalves lança obra “A paz dos Moçambicanos”



Dom Jaime
A Literatura Moçambicana possui mais uma obra no seu repertório. 
Trata-se “A Paz dos Moçambicanos”, da autoria de Dom Jaime Pedro Gonçalves, lançado ontem, no Seminário Pio X, em Maputo.
A cerimónia do evento contou com presença de personalidades da igreja católica e da sociedade moçambicana no geral, e contou com a leitura discursos relativos ao livro, os quais foram intercalados com momentos de canto coral, dança e declamação de poesia pelo poeta Tchaka.
Com 153 páginas, obra “A paz dos Moçambicanos” representa uma tentativa de Dom Jaime Pedro Gonçalves proporcionar às actuais e às futuras gerações moçambicanas os pressupostos necessários para sempre manter a acesa a disposição de buscar a paz e preserva-la, independentemente das dificuldades que se impõem. Ao longo dos 12 capítulos que o compõem, o autor esmera-se em fazer da sua escrita uma contínua tentativa de despertar nos nos eventuais leitores a necessidade da consciencialização no convívio social, de modo que a paz torne-se num recurso permanente, a vários níveis, e, assim, contribuir para que a sociedade perceba que cada cidadão, no seu contexto, é um actor activo na preservação da paz.
De acordo com Brazão Mazula, autor do prefácio, “A paz dos Moçambicanos” “mostra como a guerra é cara e destruidora; que a paz é um processo de construção individual e colectiva; que a democracia é ecologia da paz que, por sua vez, é a ecologia da democracia, boa governação e do desenvolvimento”, disse Mazula, reconhecendo que um dos aspectos peculiares à obra tem que ver com o facto de Dom Jaime Pedro Gonçalves referir-se ao facto de que só assinar o Acordo de Paz  não é suficiente, para os moçambicanos; é fundamental tomar iniciativas e desenvolver actividades que visem a consolidação da paz e preservação do espírito de unidade nacional. Para melhor alcançar esta pretensão, o primeiro capítulo inicia com “A violência em Moçambique desde os anos 60 até 1992”, atravessando outros tantos como “Moçambicanos choram a sua guerra”, “Os moçambicanos buscam solução das sua lágrimas” e as “Bases da paz”.
Referindo-se ao livro, Dom Jaime Pedro Gonçalves disse que Moçambique ainda não conseguiu convencer a todos que tem uma democracia efectiva. Para o autor, a violência não se justifica num país com espírito democrático. 
Fonte: José dos Remédios in o Jornal " O Pais", 30 de Setembro de 2014

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