quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

“Não somos e nem queremos ser funcionários do divino”, disse o Papa ao clero mexicano

Papa Francisco, aos sacerdotes
Nesta Terça-feira, penúltimo dia de sua visita ao México, o Papa Francisco celebrou a santa missa no estádio Venustiano Carranza em Morelia, com a participação de cerca de 20.000 sacerdotes, religiosos, religiosas, religiosos e seminaristas. O Papa foi recebido pelo cardeal Alberto Suárez Inda, em meio a uma atmosfera de festa com gritos como “Nós te amamos, Papa, te amamos!” ou “Papa, amigo, eres bem-vindo!”
Em sua homilia, o Santo Padre disse que “a nossa vida fala da oração e oração fala da nossa vida”. “Ai de nós se não somos testemunhas do que vimos e ouvimos, ai de nós. Não somos e nem queremos ser funcionários do divino, não somos e nem queremos ser nunca empregados de Deus, porque somos convidados a participar da sua vida, somos convidados a entrarmos no seu coração, um coração que reza e vive dizendo: “Pai nosso”. Qual é a missão, senão dizer com nossa vida: “Pai nosso?”, acrescentou.
“Qual tentação pode vir-nos de ambientes muitas vezes dominados pela violência, a corrupção, o tráfico de drogas, o desprezo pela dignidade da pessoa, a indiferença perante o sofrimento e a precariedade?”, perguntou aos presentes.
“Confrontados com esta realidade podemos ser vencidos por uma das armas preferidas pelo demônio, a resignação. Uma resignação que nos paralisa e nos impede de não só de caminhar, mas também abrir caminho; uma resignação que não só nos assusta, mas que nos fecha nas nossas “sacristias” e aparentes seguranças; uma resignação que não só nos impede de anunciar, mas que nos impede de louvar. Uma resignação que não só nos impede de projetar, mas que nos impede de arriscar e transformar”, destacou o Pontífice.
“Faz-nos bem apelar nos momentos de tentação à nossa memória. Quanto nos ajuda olhar a “madeira” de que somos feitos. Nem tudo começou conosco, nem tudo terminará conosco, por isso, quanto bem nos faz recuperar a história que nos trouxe até aqui”, recordou.
“Pai, papai, abba, não nos deixes cair na tentação da resignação”, concluiu.
Publicamos a seguir as palavras do Papa Francisco:
***
Há um dito entre nós que recita assim: «Diz-me como rezas e dir-te-ei como vives, diz-me como vives e dir-te-ei como rezas»; porque, mostrando-me como rezas, aprenderei a descobrir o Deus vivo e, mostrando-me como vives, aprenderei a acreditar no Deus a quem rezas, pois a nossa vida fala da oração e a oração fala da nossa vida. Aprende-se a rezar, como se aprende a caminhar, a falar, a escutar. A escola da oração é a escola da vida, e a escola da vida é o lugar onde fazemos escola de oração.
E Paulo, quando ensinava ou exortava o seu discípulo predilecto Timóteo a viver a fé, dizia-lhe: «Lembra-te da tua mãe e da tua avó». E, quando os seminaristas entravam no Seminário, muitas vezes perguntavam-me: «Padre, eu gostava de ter uma oração mais profunda, mais mental». «Olha, continua a rezar como te ensinaram na tua casa e depois, pouco a pouco, a tua oração irá crescendo, como cresceu a tua vida». Aprende-se a rezar, como tudo na vida.
Jesus quis introduzir os seus no mistério da Vida: no mistério da vida d’Ele. Mostrou-lhes – comendo, dormindo, curando, pregando, rezando – o que significa ser Filho de Deus. Convidou-os a partilhar a sua vida, a sua intimidade e, enquanto estavam com Ele, fez-lhes tocar na sua carne a vida do Pai. No seu olhar, no seu caminhar, fê-los experimentar a força, a novidade de dizer: «Pai Nosso». Em Jesus, esta expressão «Pai Nosso» não tem o sabor velho da rotina ou da repetição; pelo contrário, sabe a vida, a experiência, a autenticidade. Ele soube viver rezando e rezar vivendo, ao dizer: Pai Nosso.
E convidou-nos a fazer o mesmo. A nossa primeira chamada é para fazer experiência deste amor misericordioso do Pai na nossa vida, na nossa história. A primeira chamada que Jesus nos fez foi para nos introduzir nesta nova dinâmica do amor, da filiação. A nossa primeira chamada é para aprender a dizer «Pai Nosso», como insiste Paulo: Abbá.
A propósito da sua chamada, diz São Paulo: «Ai de mim, se eu não evangelizar!» Ai de mim, porque evangelizar «não é para mim – explica – motivo de glória, é antes uma obrigação que me foi imposta» (1 Cor 9, 16). Pois bem! Jesus chamou-nos para participar na sua vida, na vida divina: Ai de nós – consagrados, consagradas, seminaristas, sacerdotes, bispos – ai de nós se não a compartilharmos! Ai de nós, se não formos testemunhas do que vimos e ouvimos! Ai de nós! Não queremos ser funcionários do divino; não somos, nem o queremos ser jamais, empregados da empresa de Deus, porque fomos convidados a participar na sua vida, fomos convidados a encerrar-nos no seu coração, um coração que reza e vive dizendo: Pai Nosso. Em que consiste a missão senão em dizer com a nossa vida – desde o princípio até ao fim, como o nosso irmão bispo que faleceu esta noite –, em que consiste a missão senão em dizer com a nossa vida: Pai Nosso?
É a este Pai Nosso que nos dirigimos todos os dias. E que Lhe dizemos numa das súplicas? Não nos deixeis cair em tentação. Fê-lo o próprio Jesus. Rezou para que nós, seus discípulos – de ontem e de hoje –, não caíssemos em tentação. E uma das tentações que nos assalta, uma das tentações que surge não só de contemplar a realidade, mas também de viver nela… sabeis qual pode ser? Qual é a tentação que nos pode vir de ambientes dominados muitas vezes pela violência, a corrupção, o tráfico de drogas, o desprezo pela dignidade da pessoa, a indiferença perante o sofrimento e a precariedade? À vista de tudo isto, à vista desta realidade que parece ter-se tornado um sistema irremovível, qual é a tentação que repetidamente podemos ter nós, os chamados à vida consagrada, ao presbiterado, ao episcopado?
Acho que a poderemos resumir numa só palavra: resignação. À vista desta realidade, pode vencer-nos uma das armas preferidas do demónio: a resignação. «E que podes tu fazer? A vida é assim». Uma resignação que nos paralisa e impede não só de caminhar, mas também de abrir caminho; uma resignação que não só nos atemoriza, mas também nos entrincheira nas nossas «sacristias» e seguranças aparentes; uma resignação que não só nos impede de anunciar, mas impede-nos também de louvar, tira-nos a alegria, o prazer do louvor. Uma resignação que nos impede não só de projectar, mas também nos trava na hora de arriscar e transformar.
Por isso, Pai Nosso, não nos deixeis cair em tentação.
Nos momentos de tentação, faz-nos muito bem apelar para a nossa memória. Ajuda-nos muito considerar a «madeira» de que fomos feitos. Não começou tudo connosco, e tão-pouco acabará tudo connosco; por isso, por isso faz-nos bem recuperar a recordação da história que nos trouxe até aqui.
E, revisitando a memória, não podemos esquecer-nos de alguém que amou tanto este lugar, que se fez filho desta terra. Alguém que pôde dizer de si mesmo: «Tiraram-me da magistratura para me porem na plenitude do sacerdócio por mérito dos meus pecados. A mim, inútil e completamente inábil para a execução de tão grande empreendimento; a mim, que não sabia remar, elegeram-me primeiro bispo de Michoacán» (Vasco Vásquez de Quiroga, Carta pastoral, 1554).
Permiti-me aqui um parêntesis! Agradeço ao Senhor Cardeal Arcebispo por ter querido que se celebrasse esta Eucaristia com o báculo deste homem e o seu cálice. Convosco quero lembrar este evangelizador, conhecido também como Tato Vasco, como «o espanhol que se fez índio».
A realidade vivida pelos índios Purhépechas – que ele descreve como «vendidos, vexados e errando pelos mercados a recolher os restos que se deitavam fora» –, longe de o fazer cair na tentação da acédia e da resignação, moveu a sua fé, moveu a sua vida, moveu a sua compaixão e estimulou-o a realizar várias iniciativas que permitissem «respirar» no meio desta realidade tão paralisante e injusta. A amargura do sofrimento dos seus irmãos fez-se oração e a oração fez-se resposta concreta. E isto valeu-lhe, entre os índios, o nome de «Tata Vasco» que, na língua purhépechas, significa «papá».
Pai, Papá, Tata, Abbá…. Esta é a oração, esta é a palavra que Jesus nos convidou a dizer.
Pai, Papá, Abbá, não nos deixeis cair na tentação da resignação, não nos deixeis cair na tentação da acédia, não nos deixeis cair na tentação da perda da memória, não nos deixeis cair na tentação de nos esquecermos dos nossos maiores que nos ensinaram, com a sua vida, a dizer: Pai Nosso.
 Fonte: Zenit.org

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Quarta feira de Cinzas

Às 18.30 horas do dia 10 de Fevereiro, data em que na Igreja Católica no presente ano de 2016, damos início ao Santo tempo da Quaresma, teve lugar na Capela do nosso Seminário a Santa Missa, presidida por S. Ex.cia Rev.ma Dom Alberto Vera Aréjula, Bispo Auxiliar de Xai Xai e Vice Presidente da Comissão episcopal dos Seminários e Vocaçóes.
Durante a celebração e como recomenda o rito, foram benzidas as cinzas e impostas sobre todos. Trata-se de um gesto que nos convida à conversão e ao arrependimento.
Desde a nossa página, queremos desejar a todos um Santo caminho da Quaresma.

Mensagem do Santo Padre Francisco para a Quaresma de 2016

Tema: «“Prefiro a misericórdia ao sacrifício” (Mt 9, 13). As obras de misericórdia no caminho jubilar»

1. Maria, ícone duma Igreja que evangeliza porque evangelizada

Na Bula de proclamação do Jubileu, fiz o convite para que «a Quaresma deste Ano Jubilar seja vivida mais intensamente como tempo forte para celebrar e experimentar a misericórdia de Deus» (Misericordiӕ Vultus, 17). Com o apelo à escuta da Palavra de Deus e à iniciativa «24 horas para o Senhor», quis sublinhar a primazia da escuta orante da Palavra, especialmente a palavra profética. Com efeito, a misericórdia de Deus é um anúncio ao mundo; mas cada cristão é chamado a fazer pessoalmente experiência de tal anúncio. Por isso, no tempo da Quaresma, enviarei os Missionários da Misericórdia a fim de serem, para todos, um sinal concreto da proximidade e do perdão de Deus.
Maria, por ter acolhido a Boa Notícia que Lhe fora dada pelo arcanjo Gabriel, canta profeticamente, no Magnificat, a misericórdia com que Deus A predestinou. Deste modo a Virgem de Nazaré, prometida esposa de José, torna-se o ícone perfeito da Igreja que evangeliza porque foi e continua a ser evangelizada por obra do Espírito Santo, que fecundou o seu ventre virginal. Com efeito, na tradição profética, a misericórdia aparece estreitamente ligada – mesmo etimologicamente – com as vísceras maternas (rahamim) e com uma bondade generosa, fiel e compassiva (hesed) que se vive no âmbito das relações conjugais e parentais.

2. A aliança de Deus com os homens: uma história de misericórdia
O mistério da misericórdia divina desvenda-se no decurso da história da aliança entre Deus e o seu povo Israel. Na realidade, Deus mostra-Se sempre rico de misericórdia, pronto em qualquer circunstância a derramar sobre o seu povo uma ternura e uma compaixão viscerais, sobretudo nos momentos mais dramáticos quando a infidelidade quebra o vínculo do Pacto e se requer que a aliança seja ratificada de maneira mais estável na justiça e na verdade. Encontramo-nos aqui perante um verdadeiro e próprio drama de amor, no qual Deus desempenha o papel de pai e marido traído, enquanto Israel desempenha o de filho/filha e esposa infiéis. São precisamente as imagens familiares – como no caso de Oseias (cf. Os 1-2) – que melhor exprimem até que ponto Deus quer ligar-Se ao seu povo.
Este drama de amor alcança o seu ápice no Filho feito homem. N’Ele, Deus derrama a sua misericórdia sem limites até ao ponto de fazer d’Ele a Misericórdia encarnada (cf. Misericordiӕ Vultus, 8). Na realidade, Jesus de Nazaré enquanto homem é, para todos os efeitos, filho de Israel. E é-o ao ponto de encarnar aquela escuta perfeita de Deus que se exige a cada judeu pelo Shemà, fulcro ainda hoje da aliança de Deus com Israel: «Escuta, Israel! O Senhor é nosso Deus; o Senhor é único! Amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todas as tuas forças» (Dt 6, 4-5). O Filho de Deus é o Esposo que tudo faz para ganhar o amor da sua Esposa, à qual O liga o seu amor incondicional que se torna visível nas núpcias eternas com ela.
Este é o coração pulsante do querigma apostólico, no qual ocupa um lugar central e fundamental a misericórdia divina. Nele sobressai «a beleza do amor salvífico de Deus manifestado em Jesus Cristo morto e ressuscitado» (Evangelii gaudium, 36), aquele primeiro anúncio que «sempre se tem de voltar a ouvir de diferentes maneiras e aquele que sempre se tem de voltar a anunciar, duma forma ou doutra, durante a catequese» (Ibid., 164). Então a Misericórdia «exprime o comportamento de Deus para com o pecador, oferecendo-lhe uma nova possibilidade de se arrepender, converter e acreditar» (Misericordiӕ Vultus, 21), restabelecendo precisamente assim a relação com Ele. E, em Jesus crucificado, Deus chega ao ponto de querer alcançar o pecador no seu afastamento mais extremo, precisamente lá onde ele se perdeu e afastou d'Ele. E faz isto na esperança de assim poder finalmente comover o coração endurecido da sua Esposa.

3. As obras de misericórdia
A misericórdia de Deus transforma o coração do homem e faz-lhe experimentar um amor fiel, tornando-o assim, por sua vez, capaz de misericórdia. É um milagre sempre novo que a misericórdia divina possa irradiar-se na vida de cada um de nós, estimulando-nos ao amor do próximo e animando aquilo que a tradição da Igreja chama as obras de misericórdia corporal e espiritual. Estas recordam-nos que a nossa fé se traduz em actos concretos e quotidianos, destinados a ajudar o nosso próximo no corpo e no espírito e sobre os quais havemos de ser julgados: alimentá-lo, visitá-lo, confortá-lo, educá-lo. Por isso, expressei o desejo de que «o povo cristão reflicta, durante o Jubileu, sobre as obras de misericórdia corporal e espiritual. Será uma maneira de acordar a nossa consciência, muitas vezes adormecida perante o drama da pobreza, e de entrar cada vez mais no coração do Evangelho, onde os pobres são os privilegiados da misericórdia divina» (Ibid., 15). Realmente, no pobre, a carne de Cristo «torna-se de novo visível como corpo martirizado, chagado, flagelado, desnutrido, em fuga... a fim de ser reconhecido, tocado e assistido cuidadosamente por nós» (Ibid., 15). É o mistério inaudito e escandaloso do prolongamento na história do sofrimento do Cordeiro Inocente, sarça ardente de amor gratuito na presença da qual podemos apenas, como Moisés, tirar as sandálias (cf. Ex 3, 5); e mais ainda, quando o pobre é o irmão ou a irmã em Cristo que sofre por causa da sua fé.
Diante deste amor forte como a morte (cf. Ct 8, 6), fica patente como o pobre mais miserável seja aquele que não aceita reconhecer-se como tal. Pensa que é rico, mas na realidade é o mais pobre dos pobres. E isto porque é escravo do pecado, que o leva a utilizar riqueza e poder, não para servir a Deus e aos outros, mas para sufocar em si mesmo a consciência profunda de ser, ele também, nada mais que um pobre mendigo. E quanto maior for o poder e a riqueza à sua disposição, tanto maior pode tornar-se esta cegueira mentirosa. Chega ao ponto de não querer ver sequer o pobre Lázaro que mendiga à porta da sua casa (cf. Lc 16, 20-21), sendo este figura de Cristo que, nos pobres, mendiga a nossa conversão. Lázaro é a possibilidade de conversão que Deus nos oferece e talvez não vejamos. E esta cegueira está acompanhada por um soberbo delírio de omnipotência, no qual ressoa sinistramente aquele demoníaco «sereis como Deus» (Gn 3, 5) que é a raiz de qualquer pecado. Tal delírio pode assumir também formas sociais e políticas, como mostraram os totalitarismos do século XX e mostram hoje as ideologias do pensamento único e da tecnociência que pretendem tornar Deus irrelevante e reduzir o homem a massa possível de instrumentalizar. E podem actualmente mostrá-lo também as estruturas de pecado ligadas a um modelo de falso desenvolvimento fundado na idolatria do dinheiro, que torna indiferentes ao destino dos pobres as pessoas e as sociedades mais ricas, que lhes fecham as portas recusando-se até mesmo a vê-los.
Portanto a Quaresma deste Ano Jubilar é um tempo favorável para todos poderem, finalmente, sair da própria alienação existencial, graças à escuta da Palavra e às obras de misericórdia. Se, por meio das obras corporais, tocamos a carne de Cristo nos irmãos e irmãs necessitados de ser nutridos, vestidos, alojados, visitados, as obras espirituais tocam mais directamente o nosso ser de pecadores: aconselhar, ensinar, perdoar, admoestar, rezar. Por isso, as obras corporais e as espirituais nunca devem ser separadas. Com efeito, é precisamente tocando, no miserável, a carne de Jesus crucificado que o pecador pode receber, em dom, a consciência de ser ele próprio um pobre mendigo. Por esta estrada, também os «soberbos», os «poderosos» e os «ricos», de que fala o Magnificat, têm a possibilidade de aperceber-se que são, imerecidamente, amados pelo Crucificado, morto e ressuscitado também por eles. Somente neste amor temos a resposta àquela sede de felicidade e amor infinitos que o homem se ilude de poder colmar mediante os ídolos do saber, do poder e do possuir. Mas permanece sempre o perigo de que os soberbos, os ricos e os poderosos – por causa de um fechamento cada vez mais hermético a Cristo, que, no pobre, continua a bater à porta do seu coração – acabem por se condenar precipitando-se eles mesmos naquele abismo eterno de solidão que é o inferno. Por isso, eis que ressoam de novo para eles, como para todos nós, as palavras veementes de Abraão: «Têm Moisés e o Profetas; que os oiçam!» (Lc 16, 29). Esta escuta activa preparar-nos-á da melhor maneira para festejar a vitória definitiva sobre o pecado e a morte conquistada pelo Esposo já ressuscitado, que deseja purificar a sua prometida Esposa, na expectativa da sua vinda.
Não percamos este tempo de Quaresma favorável à conversão! Pedimo-lo pela intercessão materna da Virgem Maria, a primeira que, diante da grandeza da misericórdia divina que Lhe foi concedida gratuitamente, reconheceu a sua pequenez (cf. Lc 1, 48), confessando-Se a humilde serva do Senhor (cf. Lc 1, 38).

Vaticano, 4 de Outubro de 2015
Festa de S. Francisco de Assis
[Franciscus]


Abertura oficial do Ano académico e formativo 2016

Cerca das 09 horas do dia 08 de Fevereiro corrente, tiveram lugar no nosso Seminário, as cerimónias da abertura oficial do Ano académico e formativo 2016.
O evento foi presidido por S. Excelência Reverendíssima  Dom Alberto Vera Aréjula, Bispo Auxiliar de Xai Xai e Vice presidente da Comissão episcopal dos Seminários e Vocações e contou com a presença de Dom Atanásio Amisse Canira, Bispo de Lichinga que orientou dos exercícios espirituais para o início do Ano formativo, professores, formadores, pessoal auxiliar e os estudantes internos e externos.
A cerimónia iniciou no Salão Auditorium com a aula de sapiencia, proferida pelo Pe Konrad Klich, da Sociedade do Verbo Divino e Director do Instituto Superior Maria Mãe de África. A aula foi em torno dos 50 anos do Decreto Optatam Totius e os desafios da formação na actualidade.

Logo após a declaração da abertura oficial por D. Alberto, seguiu-se o momento da Eucaristia em que invocamos o Espírito Santo.
Desde o nosso blogger, queremos desejar a todos, votos de um bom e santo ano académico e formativo de 2016.
Dom Alberto Aréjula, na oração inicial antes da aula de Sapiencia

Pe Joaquim Lopes, Vice reitor e Prefeito dos Estudos ad interim, apresentado as estatísticas 2016

Procissão de entrada




sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

I Reunião do Corpo Docente

No prosseguimento das actividades previstas no nosso Calendário de actividades, realizou-se hoje, 05.02 a I reunião dos membros do Corpo docente. Por razões organizacionais, o encontro que primariamente esteve previsto para às 10 horas, realizou-se às 16 horas por coincidir com a do Seminário S. Pio X.
Tratou-se prevalentemente de um encontro programativo, onde se deixaram claras algumas orientações e linhas de acção a ter presente ao longo do ano. Não só, foi uma ocasião para unir as forças e traçar metas, conscientes dos desafios e alegrias que encontramos no testemunho da missão de ensinar.
Em pleno ano da misericordia, sublinhou o reitor na sua intervenção, precisa encarar a nossa missão na óptica de uma obra de misericórdia - ensinar aos que não sabem.

Foi uma ocasião para a apreesntação dos novos professores, entre eles o Pe Mário Gretti, scj, que irá leccionar a cadeira de Latim eclesiástico e o dr Eduardo Nzezela, que vai leccionar a cadeira de tecnicas de comunicação.

Eis de seguida os cursos previstos para o I Semestre:
1º Ano

História da Filosofia Antiga - 4 horas por semana - Frei António Ernesto, ofm-cap
Metodologia Científica - 2 horas por semana - dr Xavier
Língua Portuguesa - 3 horas por semana- dra. Dora
Catequética Dogmática - 2 horas por semana - Pe Ambrósio - Missionários da Boa Nova
Lógica I- 4 horas por semana- dr Cebola Mazi
Introdução à Filosofia - 2 horas por semana- Pe Jacob Sodokin, mccj
Salmos e Oração da Igreja - 2 horas por semana - Pe Salvador Bila
Psicologia- 3 horas por semana- Pe Agostinho Maholele, sss

2º Ano

Fenomenologia da Religião - 3 horas por semana- Pe Manuel Jorge
Latim eclesiástico - 2 horas por semana- Pe Mário Greati, scj
Ética I - 3 horas por semana - Pe Salvador Bila
Catequética Dogmática - 2 horas por semana- Pe Ambrósio - Missionários da Boa Nova
Introdução à Bíblia - 3 horas por semana - Pe Marcos Campos Amélia Mubango
Metafísica- 4 horas por semana - Ireneu Modesto, escolástico Jesuíta
Técnicas de Comunicação - 3 horas por semana - dr Eduardo Nzezela
Catequética Evolutiva- 2 horas por semana- Pe Artivo Jonas Cossa, cm
História da Filosofia Moderna - 3 horas por semana - Mestre Eusébio José

3º Ano

História da Filosofia Contemporanêa - 4 horas por semana- Mestre Livino Luanda
Atropologia Filosófica - 3 horas por semana- Pe Jacob, mccj
Religiões Tradicionais Africanas - 3 horas por semana- Pe Joaquim Lopes Vieira
Didáctica da Filosofia - 3 horas por semana - Pe Fenias
Filosofia da Linguagem - 2 horas por semana - dr Cebola Mazi
Comunicação I - 3 horas por semana - Pe Alberto Buque
Ética II - 3 horas por semana - Ireneu Modesto, escolástico Jesuíta
Seminário de Síntese - Tutores

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Audiência geral do Papa Francisco-03.02.2016: misericordia e justiça

http://w2.vatican.va/content/dam/francesco/images/udienze/3febbraio2016/or160203093436_00136.jpg/_jcr_content/renditions/cq5dam.web.800.800.jpegLocutor: A Bíblia nos apresenta Deus como a misericórdia infinita e a justiça perfeita. Não há contradição, pois é a misericórdia que leva ao cumprimento da verdadeira justiça. De fato, existe um tipo de justiça, a retributiva, que manda dar a cada um o que lhe é devido, que leva a condenar quem comete um delito. Contudo, não é uma justiça perfeita, pois não vence realmente o mal, apenas contém o seu avanço. Na Bíblia, aprendemos outro modo de fazer justiça. Não através da punição, mas do perdão que apela à consciência, para conduzir à conversão. O ofendido ama o culpado e quer salvá-lo. É um caminho difícil. Mas só quando o culpado reconhece o mal e muda de vida é que a justiça triunfa. E é assim que Deus, com o seu coração de Pai, age conosco: a sua justiça é o seu perdão. Em Jesus, a misericórdia se fez carne e a verdadeira justiça alcançou a plenitude: fomos perdoados, chamamos a Deus de Pai e, por isso, devemos perdoar àqueles nos ofendem como Ele nos perdoou. 
* * *
Santo Padre:
Rivolgo un cordiale saluto a tutti i pellegrini di lingua portoghese. Cari amici, dobbiamo lasciare indietro il nostro piccolo concetto di giustizia e aprire il nostro cuore all’esperienza dell’infinita misericordia di Dio, che non si stanca mai di perdonarci, perché possiamo cercare la riconciliazione con tutti coloro che ci circondano, a partire dai nostri familiari. Dio vi benedica!
* * *
Locutor: Saúdo cordialmente todos os peregrinos de língua portuguesa. Queridos amigos, devemos deixar para trás o nosso pobre conceito de justiça e abrir o nosso coração à infinita misericórdia de Deus, que nunca se cansa de nos perdoar, para que possamos buscar a reconciliação com todos, começando pelos nossos familiares. Que Deus vos abençoe.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Actividades previstas no Calendário para o mês de Janeiro/Fevereiro

JANEIRO/FEVEREIRO (1-3)
26-28 Regresso das férias
28 Último dia útil de chegada ao Seminário
18 horas, ambientação do Ano 2016
29-30 Limpeza e arrumações
1 Início do Retiro Anual - 21 horas
5 I Reunião do Corpo Docente - 16 h
6 Fim do Retiro anual
8 Aula de sapiência e Missa de abertura-09h
9 Iº Dia de Aulas
10 Quarta feira de Cinzas - Jejum e abstinência
12 Encontro dos estudantes c Prefeito 10.30
Encontro dos Directores Espirituais - 15.00H
19 Encontro com os Formadores Religiosos 15 H
20 Início das actividades pastorais
22 Festa da Cadeira de S. Pedro Apóstolo
26 I Encontro com os Párocos - 15.00 H

Bispo de Lichinga orienta exercícios espirituais


Desde às 21 horas do dia 01 de Fevereiro do corrente ano, iniciaram os exercícios espirituais dos seminaristas até ao meio dia do dia 06.
Moçambique: D. Atanásio Amisse Canira, novo Bispo de Lichinga-Niassa
Dom Atanásio Canira, o primeiro à esquerda com D. Francisco Lerma
Bispo do Gurúè e Presidente da Comissão dos Seminários e Vocações
Os exercícios decorrem sob a orientação de Dom Atanásio Amisse Canira, Bispo da Diocese de Lichinga.
Da página do nosso blogger, queremos desde já agradecer a disponibilidade e prontidão de D. Atanásio que aceitou orientar os exercícios espirituais dos nossos Seminaristas. Bem Haja


Lista geral dos seminaristas internos 2016

Nome Completo Diocese Idade Ano Casa Quarto
1 Aguinaldo Miguel Teodósio Quelimane 23 4 R3
2 Alberto Augusto Alberto Beira 22 4 R2
3 Alberto Inácio Cuna Maputo 24 1 A18
4 Aleixo Mário Mendes Aleixo Quelimane 25 1 R2
5 Alexandre Matos Monte Quelimane 23 3 A16
6 Amarildo Ernesto Manuel  Quelimane 25 1 R7
7 Ambulância Carlos Mequecene Chimoio 27 3 R2
8  Ananias Afonso Mata  Maputo 20 1 A2
9 António Manuel António Tete 22 2 A8
10 Armando João Matimbua Beira 25 2 A4
11 Arquimedes Jaime Camisa Quelimane 23 4 R9
12 Artur Afonso Marcelo Chimoio 25 3 A3
13 Atanásio Afonso Inchilo Gurúè 24 1 A8
14  Aurélio Novais Gonçalves Quelimane 26 3 A18
15  Baptista Caetano Augusto  Tete 24 1 A13
16 Bernabé Bernardo Nhancupe Inhambane 26 4 R12
17 Bernardo Marcelino Biriate Gurúè 19 4 R8
18 Biló Artur Adolfo Quelimane 19 2 R3
19 Carlitos João Ussene Beira 24 3 R13
20  Carlos Jacinto Patrício  Beira 26 3 A7
21 Castigo Benjamim Mapossa Beira 23 1 R4
22 Celso Manuel Cristiano Vaz Maputo 27 4 A18
23 Clementino Rui Augusto Quelimane 22 1 R8
24 Constantino Miguel Juliano Tete 23 1 R8
25 Cristo Zacarias António Tete 24 2 R8
26 Custódio João Comege G. Júnior Inhambane 25 4 R6
27 Dário Manuel Maticula Quelimane 23 1 A17
28 Dércio Timóteo Guambe Maputo 23 3 R4
29 Dinis Núnes Francisco Gurúè 24 4 A14
30 Domingos de Rosário Faina Beira 24 3 A4
31  Egídio Ibraímo Assane Quelimane 22 3 R9
32 Elídio Ernesto dos Santos Quelimane 26 2 A14
33 Emérsio Bernardo Sitoe Inhambane 21 2 3 R7
34 Ercílio Giro Damião Inhambane 20 1 A13
35 Estêvão Xavier Mizé Quelimane 23 4 R7
36 Eustácio D. José Namanla Gurúè 23 3 A10
37 Evaristo António Musselo Gurúè   1 R3
38 Ezequiel Gonçalves Muquitxo Gurúè 23 2 R17
39 Faz-Bem Fernando Alexandre Quelimane 24 1 R9
40 Fernando Baptista Adelino Beira 24 3 R14
41 Fijamo Manuel Edmundo Beira 23 3 R18
42 Flávio Domingos Sozinho Faustino Beira 24 4 A12
43 Fole Armando Saene Beira 26 1 R13
44 Francisco Telma Nhantumbo Maputo 22 1 A7
45 Frederico Simão Tiago Chimoio 22 4 R13






46 Gércio Custódio Tomás Nhanchengo Maputo 22 4 A6
47 Gerito Jorge João Beira 24 1 A6
48 Geroque Jacinto Macamo Inhambane 22 4 R16
49   Gilberto Silvério Quelimane 31 2 A19
50 Gueldo Mário Uaissone Saide Gurúè 23 2 A3
51  Hector Joaquim Massingue  Maputo 20 4 R8
52 Ibraímo Horácio Mauindo Gurúè 24 4 R4
53  Ilson Pires Fernando Ténis Beira 21 3 R12
54 Inácio Renato Zorozai Alface Chimoio 28 4 R18
55 Ivan Gregório Pereira Maputo 24 1 R6
56 Jaime Abílio Jonas Tete 24 4 R19
57 Jeremias Francisco Piloto Gurúè 23 1 R17
58  Jeremias Malaleia Quelimane 23 3 R17
59 Jerito Ângelo Meiodia Chimoio 22 4 A17
60 Jerónimo Jaime Pedro Quelimane 22 3 R19
61 Joel Varela Quelimane 25 2 R14
62 Jordão Domingos Zimba Xai-Xai 21 2 A2
63 Jorge José Sabonte Chimoio 25 2 A17
64 Jorge Pedro Macopa Beira 20 4 A7
65 José Florêncio Mussengue  Maputo 26 4 A2
66 José Florinda Zucula  Xai-Xai 26 2 R17
67  José Jaime Changa Tete 21 4 A16
68 José Mourinho Chimoio 21 3 A2
69 José Natal Jaime Lucas Xai-Xai 23 1 A3
70 Julião José António Beira 23 4 A3
71 Lázaro Germano Namalua Gurúè 24 1 A16
72 Leonel Jordão Colar Tete 26 1 R19
73   Lourenço Pascoal  Inhambane 21 4 R17
74   Lucas Raúl Alberto Nguenha  Inhambane 29 2 R3
75 Luís Chinava Maringue Beira 26 3 A8
76 Luís Fernando Zembere Beira 28 3 A6
77 Luís Júlio António Quelimane 25 2 R6
78 Manecas Ezequiel Vilanculos Xai-Xai 20 4 R3
79 Manuel Paulo Mabui  Maputo 20 4 A10
80 Marcos Ernesto Sumaera Chimoio 24 1 A4
81 Mário Armando Bungueia Xai-Xai 20 4 A9
82 Mário Goreate Gurúè 25 2 R19
83 Mário Paulo Filipe Beira 25 2 A10
84 Martinho Osmane Remane Tete 23 2 R16
85  Naftal André Viegas Chimoio 20 3 A18
86 Nando Ângelo Orlando Quelimane 21 3 A12
87  Nelson dos Santos Damião Quelimane 28 4 A10
88 Nolasco Jossias Arquimido Manhique Xai-Xai 21 3 R6
89   Nostálgio Alberto Samunguel Quelimane 23 4 A16
90  Núnes Cristóvão Sitoe  Xai-Xai 19 2 A19







91 Núnes Duarte Américo Quelimane 22 3 R8
92 Paulo Alberto Vasco Tete 23 1 A9
93 Pedro da Costa Xavier Maputo 25 4 A12
94 Pedro Domingos Xavier Tete 26 1 R4
95 Pedro Hermenegildo João Inhambane 23 2 R13
96 Pedro Jacinto Razão Beira 22 2 R18
97  Pedro Manuel Binda Tete 22 4 R17
98 Pedro Timóteo Beira 24 1 A12
99 Pinto do Rosário Beira 20 3 A13
100 Pinto Ezequiel Camilo Maputo 27 1 A14
101 Pompilio Alexandre C. Magalhães Quelimane 26 2 R12
102  Pósner Jorge Jamal Jorge Quelimane 20 3 R12
103 Quenete Paulino Alfredo Quelimane 24 2 R9
104 Quinito Tomé Escada Quelimane 25 2 A7
105 Quizito Benício Gurúè 28 1 A19
106 Renato de Jesus Muianga Maputo 25 2 R2
107 Rodrigues Artur Neves  Maputo 29 3 R17
108 Rodrigues João Manuel Gurúè 26 2 A6
109 Rosário António Quelimane 26 2 A9
110 Saíde Francisco Albino Gurúè 25 3 R3
111 Samuel Alegria dos Santos Gurúè 22 1 R12
112 Samuel João Chundure Chimoio 26 2 A16
113 Samuel Luciano Miguel  Tete 23 1 A8
114 Sebastião Joaquim Chaúque Xai-Xai 22 2 R8
115 Sebastião Osório Monteiro Quelimane 22 4 A2
116 Silva Coverdal Eugénio Machava  Xai-Xai 22 3 A7
117 Simão Isaías Guezane Tete 21 2 R7
118 Simbarache Raúl Francisco Chimoio 21 4 A19
119 Simbawé Orlando Fernando Beira 24 3 A14
120 Soares dos S. Gonzagas Hilário  Chimoio 19 3 R9
121  Uilcamo Bonifácio Tamapavi  Gurúè 20 1 A2
122 Valdemiro José Paque Inhambane 21 2 A18
123  Víctor Elias Edulela Quelimane 22 3 A9
124 Xavier António Niuane Quelimane 25 2 A12
125 Yolando Zestino Francisco Valia Chimoio 25 4 A13
126   Zeca Paulo Agulha Beira 27 1 R7