sábado, 15 de outubro de 2016

Encerramento da XVII Semana Filosófica

Moderador Gércio Nhachengo
 
Tal como estava previsto na programação que está disponível neste nosso blogger, realizou-se o encerramento da XVII Semana Filosófica no passado dia 14 de Outubro.
A programação do dia, obedeceu ao que estava previsto.
A moderação esteve a cargo do estudante Gércio Custódio Nhachengo, da Arquidiocese de Maputo.
O tema do dia, Um discurso sobre a Paz em Moçambique, esteve exposto por 4 oradores: Sergio Vilanculos, dos Missionários Combonianos, Jerito Ângelo Meiodia, da Diocese de Chimoio, Alveu Jacinto da Ordem de Nossa Senhora das Mercês e Aleixo Mário Mendes Aleixo, da Diocese de Quelimane.
Terminada a intervenção dos 4 oradores, deu-se a continuidade do concurso da ACAFIL, no qual foram apurados os vencedores.
Terminado o concurso, tomou a palavra o Dr Pedro Cebola Mazi, que fez um discurso histórico e filosófico sobre a Paz, aplicado à realidade moçambicana.
Com a intervenção do Orador Magno, observou-se um interval. A seguir foi o momento do debate.
Para a síntese geral, foi indicado o estudante Samuel Alegria dos Santos, que de uma forma clara e brilhante, fez a síntese geral do tema.
Logo a seguir, foi convidado o Chefe da Turma do 3º ano, Flávio Domingos Sozinho, que procedeu a leitura da Declaração do Compromisso e entregou o trabalho compilado ao Prefeito de Estudos, Pe Joaquim Lopes Vieira.
De Seguida tomou a palavra o Pe Joaquim, que agradeceu a participação de todos e anunciou a nota final do trabalho- 90 valores.
Por fim, foi convidado o Reverendo Pe Tonito Muananoua, Reitor do Seminário. Na sua intervenção, o Reitor situou o contexto do debate da semana, uma ocasião para reflectir sobre a Paz e não falar da Paz. Pediu à Perfeitura para que envide os esforços para a publicação dos trabalhos da Semana Filosófica e não só, pediu aos membros do Corpo docente para que no próximos ano, façam uma referência numa das provas aos trabalhos da Semana Filosófica, como estímulo para que os alunos estejam ao corrente do que se tratou na Semana Filosófica.
Oradores do dia: Aleixo, Alveu, Jerito e Sergio
 (da esquerda para direita)
Citando as palavras da Constituição Pastoral sobre a Igreja no Mundo contemporanêo nº 78, o Reitor frisou que a Paz não é ausência de Guerra e nem se reduz ao equilíbrio entre as forças adversas... A paz nunca se alcança de uma vez para sempre e deve ser constatemente edificada por todos.
Ao fim destas palavras, o Reitor declarou solemente o encerramento da XVII Semana Filosófica de 2016.


quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Catequese do Santo Padre, Papa Francisco na Audiência geral da Quarta feira, 12.09.2016

Publicamos na íntegra a Catequese de S. Santidade Papa Francisco, dada na -audiência  geral da Quarta feira, 12.09.2016, na Praça de S. Pedro em Roma
 
 
Queridos irmãos e irmãs, bom dia!
Nas catequeses precedentes entramos gradualmente no grande mistério da misericórdia de Deus. Meditámos sobre a ação do Pai no Antigo Testamento e depois, através das narrações evangélicas, vimos que Jesus, nas suas palavras e nos seus gestos, é a encarnação da Misericórdia. Ele, por sua vez, ensinou aos seus discípulos: «Sede misericordiosos como o Pai» (Lc 6, 36). É um compromisso que interpela a consciência e a ação de cada cristão. Com efeito, não é suficiente experimentar a misericórdia de Deus na própria vida; é necessário que quem a recebe se torne também sinal e instrumento para os outros. Além disso, a misericórdia não está reservada só para alguns momentos particulares, mas abraça toda a nossa existência diária.
Por conseguinte, como podemos ser testemunhas de misericórdia? Não pensemos que se trata de realizar grandes esforços nem gestos sobre-humanos. Não, não é assim. O Senhor indica-nos um caminho muito simples, feito de pequenos gestos que contudo aos seus olhos têm um grande valor, a tal ponto que nos disse que com base neles seremos julgados. De facto, uma das páginas mais bonitas do Evangelho de Mateus oferece-nos o ensinamento que poderíamos considerar, de qualquer maneira, como «o testamento de Jesus» por parte do evangelista, que experimentou diretamente sobre si a ação da Misericórdia. Jesus diz que todas as vezes que damos de comer a quem tem fome e de beber a quem tem sede, que vestimos uma pessoa nua e acolhemos um estrangeiro, que visitamos um doente ou um preso, é a Ele que o fazemos (cf. Mt 25, 31-46). A Igreja definiu estes gestos «obras de misericórdia corporal», porque socorrem as pessoas nas suas necessidades materiais.
Contudo, há também outras sete obras de misericórdia chamadas «espirituais», relativas a outras exigências igualmente importantes, sobretudo hoje, porque tocam o íntimo das pessoas e com frequência fazem sofrer mais. Certamente todos se recordam de uma que entrou na linguagem comum: «Suportar pacientemente as pessoas inoportunas». E há; há muitas pessoas inoportunas! Poderia parecer algo sem importância, que nos faz sorrir, mas contém um sentimento de caridade profunda; e assim é também para as outras seis, que é bom recordar: aconselhar os que têm dúvidas, ensinar os ignorantes, advertir os pecadores, consolar os aflitos, perdoar as ofensas, rezar a Deus pelos vivos e pelos mortos. São ações diárias! «Sinto-me aflito...» — «Mas Deus ajudar-te-á, não tenho tempo...». Não! Paro, ouço, perco o meu tempo e consolo a pessoa, este é um gesto de misericórdia que é feito não só a ela mas também a Jesus!
Nas próximas Catequeses refletiremos sobre estas obras, que a Igreja nos apresenta como o modo concreto de viver a misericórdia. Ao longo dos séculos, muitas pessoas simples as puseram em prática, dando assim testemunho genuíno da fé. Por outro lado, a Igreja, fiel ao seu Senhor, nutre um amor preferencial pelos mais débeis. Frequentemente são as pessoas mais próximas de nós que precisam da nossa ajuda. Não devemos ir em busca de sabe-se lá quais feitos a realizar. É melhor iniciar pelas mais simples, que o Senhor nos indica como as mais urgentes. Infelizmente num mundo atingido pelo vírus da indiferença, as obras de misericórdia são o melhor antídoto. De facto, orientam a nossa atenção para as exigências mais elementares dos nossos «irmãos mais necessitados» (Mt 25, 40), nos quais Jesus está presente. Jesus está sempre presente neles. Onde houver uma necessidade, uma pessoa carente, quer material quer espiritualmente, Jesus está ali. Reconhecer o seu rosto no de quem é carente é um verdadeiro desafio contra a indiferença. Permite que estejamos sempre vigilantes, evitando que Cristo passe ao nosso lado sem que o reconheçamos. Vem à mente a frase de Santo Agostinho: «Timeo Iesum transeuntem» (Serm., 88, 14, 13), «Temo que o Senhor passe» e eu não o reconheça, que o Senhor passe ao meu lado numa dessas pessoas simples, necessitadas e eu não me dê conta de que é Jesus. Tenho medo de que o Senhor passe e não o reconheça! Perguntei-me por que Santo Agostinho disse que temia a passagem de Jesus. Infelizmente, a resposta está nos nossos comportamentos: porque com frequência estamos distraídos, somos indiferentes, e quando o Senhor passa ao nosso lado nós perdemos a ocasião do encontro com Ele.
As obras de misericórdia despertam em nós a exigência e a capacidade de tornar viva e operante a fé com a caridade. Estou convicto de que através destes simples gestos diários podemos realizar uma verdadeira revolução cultural, como aconteceu no passado. Se cada um de nós, todos os dias, realizar uma delas, isto será uma revolução no mundo! Mas todos, cada um de nós! Quantos Santos ainda hoje são recordados não pelas grandes obras que realizaram mas pela caridade que souberam transmitir! Pensemos na Madre Teresa de Calcutá, que foi canonizada recentemente: não nos lembramos dela por tantas casas que abriu no mundo mas porque se inclinava sobre cada pessoa que encontrava no meio da rua para lhe restituir a dignidade. Quantas crianças abandonadas abraçou; quantos moribundos acompanhou até ao limiar da eternidade, segurando-os pela mão! Estas obras de misericórdia são os traços do Rosto de Jesus Cristo que cuida dos seus irmãos mais débeis para levar a cada um a ternura e a proximidade de Deus. Que o Espírito Santo nos ajude, que o Espírito Santo acenda em nós o desejo de viver este estilo de vida: pelo menos de fazer uma por dia, pelo menos! Memorizemos de novo as obras de misericórdia corporais e espirituais e peçamos ao Senhor que nos ajude a pô-las em prática diariamente e no momento em que vemos Jesus numa pessoa carente.
 

APELO PELA SÍRIA
Gostaria de frisar e confirmar a minha proximidade a todas as vítimas do desumano conflito na Síria. É com um sentido de urgência que renovo o meu apelo, implorando, com todas as minhas forças, os responsáveis, a fim de que se providencie a um imediato cessar-fogo, que seja imposto e respeitado pelo menos durante o tempo necessário para permitir a retirada dos civis, sobretudo das crianças, que ainda estão encurralados sob os sangrentos bombardeamentos.


APELO
Amanhã, 13 de outubro, decorre o Dia internacional para a redução dos desastres naturais, que neste ano propõe o tema: «Reduzir a mortalidade». De facto os desastres naturais poderiam ser evitados ou pelo menos limitados, porque os seus efeitos muitas vezes se devem às faltas de cuidados do meio ambiente por parte do homem. Portanto, encorajo a unir os esforços de modo clarividente na tutela da nossa casa comum, promovendo uma cultura de prevenção, com a ajuda também dos novos conhecimentos, reduzindo os riscos para as populações mais vulneráveis.


Saudações
Amados peregrinos de língua portuguesa, saúdo-vos cordialmente a todos, com menção especial para o grupo de Cabanelas e Cervães, de São Paulo e para os membros da Comunidade Shalom. Voltemos a aprender de cor as obras de misericórdia e peçamos ao Senhor que nos ajude a pô-las em prática. Sobre vós e vossas famílias, desça, misericordiosa, a Bênção de Deus.
 

PROGRAMA PARA O ÚLTIMO DIA DA XVII SEMANA FILOSÓFICA

Sexta feira, 14.10.2016
07.30 - 8.00: Recepção e acolhimento
08.00 - 08.05: Oração de abertura
08.05 - 08.10: Hino a S. Agostinho
08.10 - 08.20: Contextualização do debate
08.20-09.00: Um discurso sobre a Paz em Moçambique
09.00 - 09.10: Recreação
09.10 - 09.55: Discurso do Tutor
09.55 - 10.15: Intervalo
10.15 - 11.00: Debate
11.00-11.10: Síntese geral
11.10-11.20: Discurso da Prefeitura
11.20 - 11.25: Assinatura da Declaração de Honra
11.25 - 11.40: Intervenção do Reitor
11.40  -11.50: Cântico da XVII Semana Filosófica
11.50 - 11.55: Oração final

II Dia da Semana Filosófica

Da esquerda para direita: Quenete, Custódio e Clementino
 
No prosseguimento das actividades da XVII Semana Filosófica, hoje deocrreram as actividades do II dia, com  a apresentação de 3 temas:
1) Da instrumentalização à emancipação comunicativa em Habermas - possibilidades para a Paz;
2) A ética virtuosa e a ética comunicativa - possibilidades de consolidação da Paz e
3) Avaliação crítica so pensamento ético filosófico sobre a Paz.
 
Da esquerda para direita: Elídio, Ricardo e Ivan
 Na primeira parte do dia, a Moderação esteve a cargo do estudante Celso Samuel, candidato dos Missionários Combonianos e na segunda parte do dia, a moderação passou para o estudante Ivan Gregório Pereira, estudante do 3º Ano da Arquidiocese de Maputo.
 
Como Secretários, foram indicados os estudantes Ricardo Joaquim, da Ordem de Nossa Senhora das Mercês (Mercedários) e Elídio dos Santos, candidato da Diocese de Quelimane, todos eles do 3º Ano de Filosofia.
 
Para a apresentação do I tema do dia (Da instrumentalização à emancipação comunicativa em Habermas - possibilidades para a Paz), o painel dos oradores esteve constituído pelos estudantes Clementino Rui Augusto da Diocese de Quelimane, Custódio Comege Garrige Júnior da Diocese de Inhambane e Quenete Paulino Alfredo, da Diocese de Quelimane.
 
O Segundo tema (A ética virtuosa e a ética comunicativa - possibilidades de consolidação da Paz ) esteve a cargo dos estudantes:Angelino Conforme dos Missionários Combonianos, Artur Afonso Marcelo da Diocese de Chimoio e Ibraímo Horácio Mauindo, da Diocese de Gurúè.
 
O terceiro e ultimo tema do dia (Avaliação crítica do pensamento ético filosófico sobre a Paz), esteve a cargo dos estudantes: Eustácio Domingos Namala da Diocese de Gurúè, Bernabé Nhancupe, da Diocese de Inhambane e Valeriano Silva Murocoja dos Missionários Combonianos.
 
Importa referir, que logo após a apresentação do II tema, houve um interval e de seguida, realizou-se um concurso de cultura geral, promovido pela ACAFIL.




Pe Sílvio, Director espiritual


Da esquerda para direita: Bernabé, Eustácio e Silva Murocoja

Da esquerda para direita: Ibraímo Mauindo, Artur e Angelino

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Programa para o II dia da XVII Semana Filosófica






I DIA DA SEMANA FILOSÓFICA

De acordo com a programação prevista no nosso calendário para o presente ano académico e formativo, está a decorrer desde a manhã de hoje, a XVII Semana filosófica sob o tema: Interpretações ético filosóficas sobre a possibilidade de edificação da Paz em Santo Agostinho e Jurguen Habermas.
Às 08 horas de hoje, o dia começou com uma oração proferida pelo Reverendo Padre Sílvio Francisco Sirico Anovo, Director espiritual.
A jornada esteve a cargo da moderação do estudante Lázaro Germano Namalua, do 3º ano de Filosofia da Diocese de Gurúè e teve como secretários, os estudantes Alberto Inácio Cuna e Joel Varela Gooverno, ambos também do 3º Ano da Arquidiocese de Maputo e Diocese de Quelimane, respectivamente.
Logo após a oração, a assembleia cantou o Hino a Santo Agostinho, seguido da intervenção do Reverendo Padre Joaquim Lopes Vieira, Vice reitor e Prefeito de Estudos do nosso Seminário.
Terminado o discurso do Prefeito, com o qual declarou solenemente aberta a Semana Filosófica, tomou a palavra o Dr Pedro Cebola Mazi, Tutor e docente do Seminário que de uma maneira sagaz e suscinta, fez o resumo do trabalho em torno do tema que será apresentado ao longo dos três dias da Semana Filosófica.


1º Grupo de oradores: Dinis Píquina, Pedro Razão e
 Constantino Miguel

Secretários: Alberto Cuna, Joel Varela e
 o moderador Lázaro Namalua

2º Grupo de oradores: Aguinaldo, Sabonete e Camisa

Pe Joaquim Lopes e Dr Pedro Cebola
 Mazzi, Tutor
 
Para apresentação do I tema, intitulado Da contextualização à concepção da Paz,  foram convidados os estudantes Constantino Miguel Juliano, Pedro Jacinto Razão e Dinis Píquina.
 
O segundo tema, A cidade de Deus em Santo Agostinho como prospecto da Paz, coube aos estudantes Arquimedes Jaime Camisa, Jorge Sabonete e Aguinaldo Miguel Teodósio.
 
Finda  a exposição do segundo tema, observou-se um momento de intervalo. Às 10.20 iniciou o debate e inter acção com o auditório.
As actividades do I dia, terminaram as 11.25 com a oração final presidida pelo Reverendo Padre Sílvio Anovo.

terça-feira, 11 de outubro de 2016

XVII Semana Filosófica


Tema: Interpretações ético-filosóficas sobre a possibilidade de edificação da paz em Santo Agostinho e Jurgen Habermas
 
Data da realização: 12-14 de Outubro de 2016
Programa:
Quarta feira, 12.10.2016
07.30 - 8.00: Recepção e acolhimento
08.00 - 08.05: Oração de abertura
08.05 - 08.10: Hino a S. Agostinho
08.10 - 08.25: Discurso de abertura
08.25 - 08.40: Introdução geral do tema
08.40 - 08.45: Apresentação dos Oradores
 
08.45 - 09.15: Da contextualização à concepção da Paz
09.15 - 09.25: Recreação
09.25 - 10.00: A Cidade de Deus em S. Agostinho como prospecto da Paz
 
10.00 - 10.20: Intervalo
10.20 - 11.10: Debate
11.10-11.20: Cântico da XVII Semana Filosófica
11.20 -11.30: Oração e encerramento do dia
 
Quinta feira, 13.10.2016
07.30 - 8.00: Recepção e acolhimento
08.00 - 08.05: Oração de abertura
08.05 - 08.10: Hino a S. Agostinho
08.10 - 08.20: Contextualização do debate
08.20-09.00: Da instrumentalização à emancipação comunicativa em Habermas - possibilidade para a Paz
09.00 - 09.05: Recreação
09.05 - 09.35: A ética virtuosa e a ética comunicativa-possibilidades de consolidação  da Paz
09.35 - 09.55: Intervalo
09.55 - 10.10: Concurso da ACAFIL
10.10-10.40: Avaliação crítica ao pensamento ético.filosófico sobre a Paz
10.40-11.30: Debate
11.30 -11.40: Cântico da XVII Semana Filosófica
11.40 - 11.45: Oraçao e encerramento
Sexta feira, 14.10.2016
07.30 - 8.00: Recepção e acolhimento
08.00 - 08.05: Oração de abertura
08.05 - 08.10: Hino a S. Agostinho
08.10 - 08.20: Contextualização do debate
08.20-09.00: Um discurso sobre a Paz em Moçambique
09.00 - 09.10: Recreação
09.10 - 09.55: Discurso do Tutor
09.55 - 10.15: Intervalo
10.15 - 11.00: Debate
11.00-11.10: Síntese geral
11.10-11.20: Discurso da Prefeitura
11.20 - 11.250: Assinatura da Declração de Honra
11.25 - 11.40: Intervenção do Reitor
11.40  -11.50: Cântico da XVII Semana Filosófica
11.50 - 11.55: Oração final
 
 

 

 

terça-feira, 6 de setembro de 2016

HOMILIA DO PAPA FRANCISCO NA CANONIZAÇÃO DA MADRE TERESA DE CALCUTÀ

«Qual o homem que conhece os desígnios de Deus?» (Sab 9,13). Esta interrogação do Livro da Sabedoria, que escutamos na primeira leitura, apresenta-nos a nossa vida como um mistério, cuja chave de interpretação não está em nossa posse. Os protagonistas da história são sempre dois: Deus de um lado e os homens do outro. A nossa missão é perceber a chamada de Deus e aceitar a sua vontade. Mas para aceitá-la sem hesitar, perguntemo-nos: qual é a vontade de Deus na minha vida?
No mesmo trecho do texto sapiencial encontramos a resposta: «Os homens foram instruídos no que é do Vosso agrado» (v 18). Para verificar a chamada de Deus, devemos perguntar-nos e entender o que Lhe agrada. Muitas vezes, os profetas anunciam o que é agradável ao Senhor. A sua mensagem encontra uma síntese maravilhosa na expressão: «Misericórdia quero, e não sacrifício» (Os 6,6; Mt 9,13). Para Deus todas as obras de misericórdia são agradáveis, porque no irmão que ajudamos, reconhecemos o rosto de Deus que ninguém pode ver (cf. Jo 1,18). E todas as vezes em que nos inclinamos às necessidades dos irmãos, dêmos de comer e beber a Jesus; vestimos, apoiamos e visitamos o Filho de Deus (cf. Mt 25,40). Em definitiva, tocamos a carne de Cristo.
Estamos chamados a por em prática o que pedimos na oração e professamos na fé. Não existe alternativa para a caridade: quem se põe ao serviço dos irmãos, embora não o saibamos, são aqueles que amam a Deus (cf. 1 Jo 3,16-18; Tg 2,14-18). A vida cristã, no entanto, não é uma simples ajuda oferecida nos momentos de necessidade. Se assim fosse, certamente seria um belo sentimento de solidariedade humana, que provoca um benefício imediato, mas seria estéril, porque careceria de raízes. O compromisso que o Senhor pede, pelo contrário, é o de uma vocação para a caridade com que cada discípulo de Cristo põe ao seu serviço a própria vida, para crescer no amor todos os dias.
Escutamos no Evangelho que «seguiam com Jesus grandes multidões» (Lc 14,25). Hoje, a “grande multidão” é representada pelo vasto mundo do voluntariado, aqui reunido por ocasião do Jubileu da Misericórdia. Sois aquela multidão que segue o Mestre, e que torna visível o seu amor concreto por cada pessoa. Repito-vos as palavras do apóstolo Paulo: «Tive grande alegria e consolação por causa do teu amor fraterno, pois reconfortaste os corações dos santos» (Flm 7). Quantos corações os voluntários confortam! Quantas mãos apoiam; quantas lágrimas enxugam; quanto amor é derramado no serviço escondido, humilde e desinteressado! Este serviço louvável dá voz à fé   dá voz a fé!   e manifesta a misericórdia do Pai que se faz próximo daqueles que passam por necessidade.
Seguir Jesus é um compromisso sério e ao mesmo tempo alegre; exige radicalidade e coragem para reconhecer o divino Mestre no mais pobre e descartado da vida e colocar-se ao seu serviço. Para isso, os voluntários que servem os últimos e necessitados por amor de Jesus não esperam nenhum agradecimento ou gratificação, mas renunciam tudo isso porque encontraram o amor verdadeiro. E cada um pode dizer: “Como o Senhor veio até mim e se inclinou sobre mim na hora da necessidade, assim vou ao seu encontro e me inclino sobre aqueles que perderam a fé ou vivem como se Deus não existisse, sobre os jovens sem valores e ideais, sobre as famílias em crise, sobre os enfermos e os prisioneiros, sobre os refugiados e imigrantes, sobre os fracos e desamparados no corpo e no espírito, sobre os menores abandonados à própria sorte, bem como sobre os idosos deixados sozinhos. Onde quer que haja uma mão estendida pedindo ajuda para levantar-se, ali deve estar a nossa presença e a presença da Igreja, que apoia e dá esperança”. E fazê-lo com a memória viva da mão do Senhor estendida sobre mim quando eu estava por terra.
Madre Teresa, ao longo de toda a sua existência, foi uma dispensadora generosa da misericórdia divina, fazendo-se disponível a todos, através do acolhimento e da defesa da vida humana, dos nascituros e daqueles abandonados e descartados. Comprometeu-se na defesa da vida, proclamando incessantemente que «quem ainda não nasceu é o mais fraco, o menor, o mais miserável». Inclinou-se sobre as pessoas indefesas, deixadas moribundas à beira da estrada, reconhecendo a dignidade que Deus lhes dera; fez ouvir a sua voz aos poderosos da terra, para que reconhecessem a sua culpa diante dos crimes  diante dos crimes!   da pobreza criada por eles mesmos. A misericórdia foi para ela o “sal”, que dava sabor a todas as suas obras, e a luz que iluminava a escuridão de todos aqueles que nem sequer tinham mais lágrimas para chorar pela sua pobreza e sofrimento.
A sua missão nas periferias das cidades e nas periferias existenciais permanece nos nossos dias como um testemunho eloquente da proximidade de Deus junto dos mais pobres entre os pobres. Hoje entrego a todo o mundo do voluntariado esta figura emblemática de mulher e de consagrada: que ela seja o vosso modelo de santidade! Parece-me que, talvez, teremos um pouco de dificuldade de chamá-la de Santa Teresa: a sua santidade é tão próxima de nós, tão tenra e fecunda, que espontaneamente continuaremos a chamá-la de “Madre Teresa”. Que esta incansável agente de misericórdia nos ajude a entender mais e mais que o nosso único critério de ação é o amor gratuito, livre de qualquer ideologia e de qualquer vínculo e que é derramado sobre todos sem distinção de língua, cultura, raça ou religião. Madre Teresa gostava de dizer: «Talvez não fale a língua deles, mas posso sorrir». Levemos no coração o seu sorriso e o ofereçamos a quem encontremos no nosso caminho, especialmente àqueles que sofrem. Assim abriremos horizontes de alegria e de esperança numa humanidade tão desesperançada e necessitada de compreensão e ternura.

Campanha de doação de Sangue

Está a decorrer desde as 09.30 horas de hoje, 6 de Setembro de 2016, uma campnha de doação do precioso liquido, promovida pelo Centro de Referência Nacional de Doação de Sangue. Trata-se de um caminho que o Seminário tem feito com aquela Instituição, no sentido de colaborar no salvamento de vidas com a doação voluntária do precioso liquido.
Da página do nosso Blogger, queremos agradecer todos aqueles que irão conretizar o gesto de salvar vidas oferecendo parte da sua própria vida.
DAR SANGUE É SALVAR UMA VIDA.

domingo, 4 de setembro de 2016

I Visita do Mons Cristiano, Secretário da Nunciatura Apostólica

Na manhã do dia 03 de Setembro, Memória de S. Gregório Magno a comunidade do Seminário acolheu com muita alegria a primeira visita do Monsenhor Cristiano, novo Secretário da Nunciatura Apostólica em Moçambique.
 
A visita iniciou com um celebração eucarística às 10. 00 horas, seguida de um almoço de confraternização e visita ao Seminário.
 
Desde já e da nossa página, queremos agrdecer este gesto e imploramos a Deus copiosas graças ao Mons no testemunho da sua missão na nossa Igreja e Nação.

ACTIVIDADES PREVISTAS PARA O MÊS DE SETEMBRO

7 Acordos de Lusaka - Feriado Nacional
8 Palestra da ESPLENDOR (18 h)
9 Reunião com os Párocos  15.00 H
10 Retiro da Equipa Formadora
15 Encontro do Deão com os estudantes
16 Reunião Corpo Docente 15.00 H
17 Passeio do fim de curso - 3º Ano
25 Dia das FADM - Feriado Nacional
30_01 Retiro dos Seminaristas

Crónicas do mês de Agosto

O mês de Agosto foi vivido no Seminário sem sobressaltos, com realce para a prepração da festa do Padroeiro, Santo Agostinho.
 
06. 08.2016: Festa da Transfiguração. Neste dia, tivemos a graça de acolher no Seminário, o Mons José Luís Serrano, que celebrou  a eucaristia de acção de graças pela missão em Moçambique. A Missa teve lugar na capela do Seminário e animada pelos Seminaritas e seguiu-se um momento de confraternização.
Da nossa página, queremos agradecer todo o trabalho desenvolvido por MOns José na nossa Igreja e  desde já, queremos expressar os nossos caloros votos de um bom trabalho junto da Igreja irmã da Nicaragua.
 
17 - 25.08.2016: Decorreu a preparação spiritual para a Solenidade do Padroeiro. Esta preparação consistiu em nove dias de oração (Novena) ao nosso Pai Santo Agostinho. Foi um momento intense de oração em que guiados pela Palavra de Deus e animados pelo Espírito, percorremos um itinerário de 9 dias, reflectindo sobre a obra e a vida epiritual do nosso Pai Agostinho.
 
27.08.2016: Sábado - Numa única Solenidade, celebramos a Festa do nosso Patrono e a Memória de Santa Mónica. A Missa foi presidida por S. Excia Rev.ma Dom Januário Machaze Nhangumbe, Bispo emérito da Diocese de Pemba, na presença de todas as forças vivas que tornam uma realidade a formação no nosso Seminário.
 
28-30.08.2016: O Pe Tonito, Reitor do Seminário, deslocou-se à Quelimane, a convite da Faculdade de Ciências Sociais e Políticas da Universidade Católica de Moçambique, que celebrou o seu padroeiro (Santo Agostinho) no dia 29, para proferir uma Palestra sob o tema: A busca inquieta da Verdade em Santo Agostinho: um contributo para o academico na actualidade.

sábado, 25 de junho de 2016

Conselho de Notas

Às 10 horas de ontem, 24 de Junho, realizou-se o Conselho de Notas do I Semestre.
Do Gurúè, onde o Reitor se encontra no Curso de Formação peranente dos formadores dos Seminários diocesanos, recebemos a seguinte mensagem:


"Digníssimos Membros do Corpo Docente!
1.       Dirijo uma saudação especial a cada um de vós, desde a Diocese de Gurúè, onde me encontro a participar na Reunião Nacional dos Reitores dos Seminários e no Curso de formação permanente dos Formadores e promotores vocacionais diocesanos.
2.       Ausente fisicamente sinto-me muito unido a vós, razão pela qual não quis deixar passar esta ocasião sem manifestar a minha sincera gratidão a cada de um  pelo caminho que o Senhor nos permitiu ao longo do semestre. Obrigado pela Vossa abnegação e a fé em acreditar que com o nosso trabalho damos uma valiosa contribuição à Igreja para que tenha Presbíteros credíveis com um coração grande e generoso.
3.       Como membros do Corpo Docente, o conselho de notas deve ser um momento especial de um exame ad intra e ad extra para ver se os frutos colhidos correspondem aos esforços que empreendemos ao longo do semestre findo. Não só, o Conselho deve ser um momento para revisitar os nossos métodos, propor-se novas metas para melhor ajudar aos nossos futuros Presbíteros  a “saber”, a “saber ser” e a “saber fazer”.
4.       Com os olhos voltados ao Senhor saúdo e agradeço aos Docentes que não continuarão no II semestre. Orgulhoso pela vossa generosa entrega desmedida à causa da formação, confio-vos à poderosa intecessão da Bem Aventurada Virgem Maria, e desde já, renovo humildemente o pedido do vosso serviço no semestre em que os vossos cursos entrarão em acção.
5.       Aos novos Docentes formulo os meus votos de boas Vindas à nossa e Vossa Instituição. Obrigado pelo vosso sim e desde já imploro a Deus para que abençõe os vossos propósitos e intenções de servir esta Igreja colaborando na formação dos seus futuros presbíteros.

Muitíssimo obrigado"

Vosso irmão,
Pe Tonito Muananoua