Locutor: A Bíblia nos apresenta Deus como a misericórdia
infinita e a justiça perfeita. Não há contradição, pois é a misericórdia
que leva ao cumprimento da verdadeira justiça. De fato, existe um tipo
de justiça, a retributiva, que manda dar a cada um o que lhe é devido,
que leva a condenar quem comete um delito. Contudo, não é uma justiça
perfeita, pois não vence realmente o mal, apenas contém o seu avanço. Na
Bíblia, aprendemos outro modo de fazer justiça. Não através da punição,
mas do perdão que apela à consciência, para conduzir à conversão. O
ofendido ama o culpado e quer salvá-lo. É um caminho difícil. Mas só
quando o culpado reconhece o mal e muda de vida é que a justiça triunfa.
E é assim que Deus, com o seu coração de Pai, age conosco: a sua
justiça é o seu perdão. Em Jesus, a misericórdia se fez carne e a
verdadeira justiça alcançou a plenitude: fomos perdoados, chamamos a
Deus de Pai e, por isso, devemos perdoar àqueles nos ofendem como Ele
nos perdoou.
* * *
Santo Padre:
Rivolgo un cordiale saluto a tutti i pellegrini di lingua portoghese.
Cari amici, dobbiamo lasciare indietro il nostro piccolo concetto di
giustizia e aprire il nostro cuore all’esperienza dell’infinita
misericordia di Dio, che non si stanca mai di perdonarci, perché
possiamo cercare la riconciliazione con tutti coloro che ci circondano, a
partire dai nostri familiari. Dio vi benedica!
* * *
Locutor: Saúdo cordialmente todos os peregrinos de língua
portuguesa. Queridos amigos, devemos deixar para trás o nosso pobre
conceito de justiça e abrir o nosso coração à infinita misericórdia de
Deus, que nunca se cansa de nos perdoar, para que possamos buscar a
reconciliação com todos, começando pelos nossos familiares. Que Deus vos
abençoe.
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