- Reverendos padres, formadores deste seminário e das casas de formação Religiosas
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Respeitado Mestre Ergimino Pedro Mucale, ilustre orador magno desta XXII edição
das jornadas filosóficas
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Digníssimos membros do juri
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Estimados docentes e colaboradores desta instituição
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Amados seminaristas/estudantes desta magna casa, especialmente os nossos
ilustres irmãos da turma do 3º Ano
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Caríssimos convidados aqui presentes e todos os que nos acompanham através das
redes sociais e da Rádio Maria
A
graça de Deus nosso Pai, o amor de Cristo e a comunhão do Santo Espírito de
Deus a todos assista e acompanhe.
«O bom senso é a coisa
do mundo mais bem distribuída: todos pensamos tê-lo em tal medida que até os
mais difíceis de contentar nas outras coisas não costumam desejar mais bom
senso do que aquele que têm.» - René Descartes
Parece que ser um imperativo servir-se de um aforismo para
introduzir um discurso, tal como temos vindo a verificar ao longo destes 3
dias. Deste modo, permitam-nos fazer uso desta magnífica abertura da obra «O
Discurso do Método» para introduzir esta nossa singela partilha.
Certamente que nos sentimos bem nutridos e animados por
palavras explêndidas e desafiadoras, que os nossos investigadores e oradores
nos proporcionaram ao longo destas jornadas. Foram, sem dúvidas, momentos de
profundidade intelectual e de eloquência na linguagem. Fazendo novamente
recurso ao aforismo que nos serviu de introdução e que nos recorda que o bom senso é a coisa do mundo mais bem
distribuída, temos a certeza que cada um pôde colher o necessário para
sustentar a sua caminhada e, de modo muito especial, o compromisso de nos
empenharmos na edificação de um Moçambique melhor, que é parte da nossa missão
enquanto construtores do Homem Novo.
Temos aqui uma proposta de reflexão e um ponto de partida na
busca de novas luzes que devem nortear a nossa caminhada com vista a alcansar
metas importantes no campo da educação, à luz destes dois pensadores: Santo
Agostinho e Edgar Morin.
Fica claro que o caminho proposto é de uma educação integral,
que deve concorrer para edificação do homem no seu todo, isto é, na
complexidade do seu ser, superando os limites da fragmentação, que muitas vezes
atrofiam e criam barreiras. O princípio que nos deve orientar neste percurso é
o de que «o Homem é um Todo e o todo é maior do que a soma das partes». Como
tal, a educação não pode ser afunilada nem exclusiva, mas sim inclusiva e aberta,
tendo em conta a transcendência e a complexidade do Homem.
Assim teremos lançado as bases para superar alguns limites do processo educativo actual, onde podemos encontrar ilustres pensadores incapazes de mudar uma lâmpada fundida na própria cozinha; mentes brilhantes que não sabem para que serve uma enxada ou como usar uma gadanha; precisamos superar o «neo-dualismo» que hoje se tem cultivado, onde se pensa que ser intelectual é incompatível com executar tarefas que exigem maior esforço físico, e por conseguinte, sujar os belos fatos com suor e poeira. Como seria bom que as mãos especializadas em manusear esferográficas e laptop’s fossem, igualmente, sublimes a limpar as feridas e lavar as roupas do mendigo à beira do caminho!
Estamos cientes que os filósofos que sairão do seio deste
auditório, serão mentores deste projecto educacional em todas as instâncias
sociais, no nosso amado Moçambique. Que os futuros sacerdotes e servidores da
Igreja que aqui se formam sejam homens formados em todos os âmbitos desta
complexidade do ser humano. Não sejamos perítos apenas no saber intelectual,
mas valorezemos sempre todos os âmbitos do saber, seja ela intelectual,
prático, ético ou espiritual.
Chegado este momento, senhoras e senhores, não podemos deixar
de manifestar a nossa gratidão e alegria pela presença e participação de todos
aqui neste auditório e daqueles que nos acompanham através das nossas
plataformas e aos ouvintes da Rádio Maria.
O nosso agradecimento vai, necessáriamente, para o nosso
orador magno não só por nos agraciar com a sua presença, mas também pelas
palavras sábias e reconfortantes que nos deixou. Igualmente, a nossa gratidão é
extensiva aos prezados membros do Juri, que nos acompanhou e assistiu nestes
três dias.
A nossa palavra de carinho e apreço vai para os nossos caros
docentes que partilham seus conhecimentos e experiências de vida com os nossos
estudantes; particularmente aos que acompanharam estes alunos do 3º Ano e têm a
oportunidade de testemunhar hoje o fruto do vosso esforço e dedicação.
Agradecemos à Rádio Maria por nos acompanhar ao longo destes
dias, aproximando-nos daqueles que não poderam estar fisicamente presente
connosco. Agradecemos a todos que estiveram aqui nestes dias e contribuiram de
diversas formas para abrilhantar estas jornadas.
Como não agradecer todos os alunos desta instituição, muito
particularmente a turma do 3º Ano que organizaram, prepararam e possibilitaram
a realização destas jornadas! Além dos oradores que por aqui passaram, foi
visível o empenho de todos nas mais diversas tarefas importantes para o sucesso
deste evento, desde as comunicações até à animação, sem esquecer toda a
logísitica. Aos alunos do 2º Ano, o testemunho vos foi hoje entregue e o vosso
trabalho começa, neste preciso momento, com vista às Jornadas do próximo ano.
Esperamos muito de vós.
Minhas Senhoras e meus senhores, é com elevada honra e
sentimento de júbilo que, pela incumbência da missão que me foi confiada,
declaro encerrada a XXII edição das Jornadas Filosóficas, do ano 2022.
Matola, 21 de Outubro de 2022
O Vice-reitor