terça-feira, 30 de abril de 2013

Cerimónias de Promessas no Seminário Teológico

No passado mdia 27 de Abril, enquanto decorria a Palestra no nosso Seminário, teve lugar no Seminário Teológico Interdiocesano S. Pio X, a cerimónia das Promessas dos candidatos ao sacerdócio do 1º Ano.
A cerimónia foi presidida por S. Ex.cia Rev.ma Dom Francisco Chimoio, Arcebispo de Maputo.
A nossa comunidade esteve representada pelo Padre Joaquim Lopes Vieira, vice-reitor do nosso Seminário.
Da página do nosso blogger, queremos endereçar aos nossos irmãos do 1º Ano de Teologia, muita coragem e muita perseverança no caminho de preparação ao sacerdócio ministerial.
Bem haja

O papel da mulher no desenvolvimento sustentável e combate à pobreza em Moçambique

Decorreu no Salão Auditorium local, no passado dia 27 de Abril de 2013, uma Palestra sob o tema " O Papel da mulher no desenvolvimento sustentável e combate à pobreza absoluta no país".
Promovida pela Acafil (Academia Filosófica) em coordenação com a Prefeitura de Estudos, teve como oradores principais: o prof Dr Carlos Serra Júnior, a Drª Alda do Centro Terra Verde e a Irª Olga Massango, das Filhas de São Paulo. A palestra contou com a participação dos alunos internos e externos, professores e formadores do Seminário.
Ao longo da sua exposição, os oradores deixaram bem claro que o desenvolvimento sustentável pressupõe três realidaes importantes a saber: a componente ambiental, a componente social e a componente económica.
No fim houve uma sessão de perguntas em que os participantes interagiram com os oradores.

O Valor do trabalho

Por ocasião do 1º de Maio, dia Internacional do Trabalhador, publicamos a seguir um artigo do Seminarista Carlos Mandlate da Arquidiocese de Maputo, 2º Ano de Filosofia.

Estámos nas vésperas da celebraҫão do primeiro de Maio, dia mundial do trabalhador e neste contexto torna-se pertinente fazer-se uma breve reflexão sobre o Valor e a importância do que estamos para celebrar. Em primeiro lugar é oportuno esclarecer o termo trabalho” em si para evitar as possíveis incompreensões que o mesmo pode suscitar.
Segundo a Enciclopédia Luso brasileira de cultura o termo trabalho provém do latim vulgar tripalium, instrumento de tortura composto por três paus ou varras cruzadas, ao qual se prendia o réu. Por essa razão, o trabalho foi visto por muito tempo como sendo sinal de castigo e em alguns Impérios antigos era somente reservado aos escravos. O trabalho significa em geral qualquer atividade do homem que tem como finalidade um resultado útil. Porém, existem outros significados mais ou menos relacionados com esteː O resultado obtido, o conjunto de pessoas que executam uma actividade laboriosa. Portanto, por extensão analógica também se considera trabalho a actividade útil dos animais, máquinas ou genericamente qualquer força.  Todavia, na presente reflexão o trabalho deve ser entendido como actividade do homem que tem como finalidade um resultado útil.
Após esta breve elucidação do termo trabalho em si, importa dizer que o trabalho reveste-se de um alto valor antropológico já apontado por Aristóteles (384-322ac) ao definir o homem como o filho dos seus actos. Com razão, toda pretensa histórica da evolução do homem está de grosso modo associada ao trabalho. Se recuarmos no tempo ate à Idade da pedra facilmente compreenderemos até que ponto o trabalho emerge na antropologia. O homem dependendo consideravelmente do trabalho da caҫa e da recolecҫão dos frutos silvestres conseguiu desenvolver hábitos semi-carnivoros e a separação do tronco ancestral aumentando o tamanho do seu cérebro e adoptando plenamente a postura erecta com a libertação da mão para o manejo dos instrumentos.
O homem pelo trabalho projecta-se para a eternidade. Embora ele possa desaparecer fisicamente, as suas obras ficam a fazer a manutenção da sua existência; enquanto as suas obras e as suas ideias existirem essa pessoa jamais se apagara da nossa memória, sempre estará presente enquanto durarem as suas obras. A título de exemplo a Noémia de Sousa nunca se apagara enquanto existir o Sangue Negro; ou o escultor que esculpiu a estátua de Mondlane não só tentou imortalizar o arquitecto da unidade nacional, mas também a si mesmo, pois apesar do seu anonimato este escultor existirá enquanto existir a estátua que ele esculpiu pois nela estão cravadas as suas marcas. Nisto é importante salientar que os verdadeiros homens são aqueles que pelo seu trabalho se projectam para a eternidade.
Esta reflexão ficaria incompleta se não tivesse em si a visão teológica do trabalho, tendo em conta que o agente do trabalho foi criado a imagem e semelhança de Deus.
O trabalho tem um imensurável valor teológico. Na visão teológica, o trabalho não é um castigo, mas a colaboração do homem e da mulher na perfeição da criação visível. O trabalho humano procede imediatamente das pessoas criadas à imagem e semelhança de Deus «faҫamos o homem à nossa imagem e semelhança» (Gn 1,26) e Iahweh Deus tomou o Homem e o colocou no jardim para o cultivar e guardar (Gn2,15). O Homem em virtude de ser a imagem de Deus é chamado a prolongar a obra da criação. Portanto, o trabalho é um dever. «Se alguém não quer trabalhar, também não há-de comer» (2Ts3,10). Com razão, quem trabalha colabora na obra do Criador e contribui de certo modo para encher a terra. Ao passo que o comer comporta um subtrair algo da terra. Por isso, Paulo exorta que só tem o direito de subtrair quem contribui para a abundância desses bens. Ademais, o trabalho honra o Criador e os talentos recebidos. “Também pode ser redentor suportando o que o trabalho tem de penoso em união com Jesus o artesão de Nazaré e crucificado no calvário. O Homem colabora de certo modo com o Filho de Deus na sua obra redentora, mostra-se discípulo de Cristo levando a cruz de cada dia na actividade que foi chamado a exercer” CIC 2427.  Neste sentido o trabalho é um meio de santificação do Homem e de animação das realidades terrenas.
Gostaria de terminar esta reflexão, afirmando que o trabalho participa da inalienável dignidade da pessoa humana, ora exaltando-a, ora atrofiando-a. O trabalho estará em paralelo com a dignidade da pessoa humana na medida em que constituir um meio para a realização do próprio homem, «exerce e cumpre uma parte das capacidades da sua natureza e o valor primordial do trabalho pertença ao próprio homem como seu autor e destinatário; e do trabalho tira os meios de subsistência para si e os seus e a possibilidade de servir a comunidade»(CIC 2428)
Mas, o trabalho não é a única atividade do homem. A arte, jogo, a convivência e até o descanso também o são e como tal devem ser julgados e exercidos, caso contrário o trabalho torna-se alienante à dignidade da pessoa humana. África ainda tem na memória o quanto a necessidade pratica do trabalho fez com que o Homem não fosse visto como pessoa em si , mas como um simples instrumento descartável do trabalho e como tal não importava a preservação da sua dignidade, mas sim a produção nas grandes plantações . Em fim para que o trabalho não seja alienante à dignidade da pessoa humana, convém que seja o homem a dar ao trabalho o seu sentido, significado e valor e não o contrário.


Porː Carlos Mandlate, II Ano 2013

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Novo Vice-reitor do Seminário

No dia 15 de Abril do corrente, num encontro oficial com a Equipa formadora, foi anunciado oficialmente por S. Excia Rev.ma Dom Francisco Lerma Martínez, Bispo do Gurúè e Presidente da Comissão Episcopal dos Seminários e Vocações, a nomeação do Vice-reitor do nosso Seminário: O Reverendo Padre Joaquim Lopes Vieira, da Diocese de Lichinga. 
Pe Joaquim na celebração da Paixão na 6ª feira Santa

Padre Joaquim, desde 22 de Maio de 2012, é membro da equipa formadora.
Até à data da sua nomeção, Pe Joaquim assumia as funções de Director de Turma do 1º Ano de Filosofia, Responsável pela Pastoral, professor de Catequética Dogmática e Introdução às Religiões Tradicionais africanas para o 1º e 3ºs anos respectivamente.
Destas páginas, queremos desejar ao novo vice-reitor um fecundo serviço em prol à formação dos futuros presbíteros que a Igreja tanto tem necessidade.

Pe Joaquim no Sábado Santo: procissão com o Círio


COMUNICADO DA CONFERÊNCIA EPISCOPAL DE MOÇAMBIQUE

Às Comunidades Cristãs e a todos os homens e mulheres de boa vontade, paz e alegria no Senhor ressuscitado, aquela paz e alegria que o Senhor repetidas vezes desejou e deu aos seus discípulos.

1.               Introdução.

Dos dias 8 a 15 de Abril de 2013, nós, os Bispos Católicos da Conferência Episcopal de Moçambique, estivemos reunidos na Sede da Caritas Moçambicana, na I Sessão da Assembleia Plenária de 2013. Estiveram presentes todos Bispos Diocesanos e o Administrador Apostólico da Diocese de Pemba. Na sessão de abertura participaram alguns dos Bispos eméritos.

Neste clima de alegria pascal, queremos, por este meio, exprimir a nossa comunhão convosco, manifestar a nossa presença espiritual junto de vós e partilhar aquilo que foi o fruto da nossa reflexão e das nossas deliberações sobre alguns aspectos relevantes da nossa vida eclesial e social dos últimos tempos.

2.               Núncio Apostólico

No segundo tempo da Sessão de abertura, D. Lúcio Andrice Muandula, Bispo de Xai-Xai e Presidente da
CEM, saudou a presença do Sr. Núncio Apostólico, D. António Arcari que, como de costume, veio cumprimentar os Bispos e transmitir uma mensagem de encorajamento sobre alguns temas importantes a serem submetidos à consideração da CEM. D. Lúcio agradeceu a presença e as palavras do Sr. Núncio Apostólico em sinal de comunhão com o Papa e a Igreja universal.

3.               Alegria eclesial

Manifestamos a nossa alegria, em primeiro lugar, pela Páscoa que em todas as nossas comunidades foi celebrada com renovada fé e esperança no Senhor Ressuscitado e, em segundo lugar, pela eleição e início do Pontificado do Papa Francisco. Os seus gestos e as suas primeiras palavras indicam-nos um novo rumo a seguir: devemos sair do nosso meio e ir ao encontro dos homens lá onde eles se encontram.

4.               Cheias

Durante o recente período das chuvas, mais uma vez as cheias assolaram a vida de milhares e milhares de pessoas em vastas áreas do Centro e do Sul do País. Algumas dezenas de pessoas perderam a vida; centenas de famílias ficaram sem abrigo, perderam os seus bens e os seus campos de cultivo; estragaram-se vias de comunicação, escolas, centros de saúde e tantas outras estruturas sociais.

Através das nossas Caritas nos seus variados níveis (paroquial, diocesano, nacional e internacional) e da ajuda humanitária de irmãos de outros Países, a Igreja fez-se presente aliviando o
sofrimento dos que mais sofreram por estas calamidades. A Caritas continua a ajudar no reassentamento das populações.

Apelamos a todos os cristãos e pessoas de boa vontade para que não se demitam deste compromisso humano e cristão e que continuem a partilhar os seus bens matérias e espirituais com tantos irmãos privados dos seus pertences e que continuam a sofrer. A sua dor ainda não acabou. Às famílias enlutadas apresentamos os nossos mais sentidos pésames e consolação cristã. E aos defuntos as nossa oração pelo seu eterno descanso. 

5.               A violência e o diálogo

Como pastores atentos à vida do seu rebanho, reflectimos sobre os últimos acontecimentos de Gondola e Muxungue, na Província de Sofala,  mais entristecem a vida das populações. À luz da Sagrada Escritura e da nossa Tradição e ao escutarmos os gritos de povo que clama pela paz, justiça, verdade, liberdade e amor, reflectimos para discernir sobre o que está a acontecer para podermos dar uma palavra de conforto e de luz a todas as pessoas de boa vontade. Entristece-nos e a nossa consciência clama que as partes beligerantes são filhos da mesma pátria. Para iluminar as mentes preparámos e publicámos a Nota Pastoral “Não à violência, Não à guerra”, que enviámos a todas as comunidades e a todas as pessoas de boa vontade.

Em primeiro lugar continuamos a condenar toda classe de violência e o recurso às armas para resolvermos os nossos problemas sejam eles a que níveis forem. Em consequência condenamos a morte dos irmãos e o sangue dos mesmos, derramado pela violência de outros irmãos. Ao mesmo tempo apelamos a todos (dirigentes da nação e a toda a sociedade em geral) para que restabeleçam o método do diálogo e reafirmem o compromisso que assumiram no Acordo Geral de Paz.

6.               A Caritas Internacional

A convite da Comissão Episcopal da Caritas um delegado da Caritas Internacional apresentou-nos o Plano geral das Caritas nas suas linhas gerais e no seu Código ético do funcionamento para que cada Caritas se adapte localmente na sua organização e funcionamento. Este código baseia-se na Sagrada Escritura e em documentos recentes da Igreja, nomeadamente: a encíclica Deus caritas est; a Exortação pós sinodal Africae Munus; e Motu próprio sobre a Caritas Intima ecclesiae natura.

A partir dos apelos de emergência nas cheias de 2007 – 2008, o mesmo delegado partilhou as formas de profissionalização das Caritas e os desafios que as emergências nos apresentam.

7.               Revisão dos Estatutos da Universidade Católica

A UCM está a dar um contributo vital e qualificado para o desenvolvimento equitativo do País, formando quadros nacionais qualificados nas mais diversas áreas do saber. Contudo, tornou-se necessário rever os seus Estatutos.

Com a colaboração de um grupo de juristas, trabalhou-se na revisão e aprovação dos Estatutos da Universidade Católica de Moçambique que deverão ser apresentados brevemente à Santa Sé para a sua aprovação.

8.               Comissões Episcopais

Constituídas as Comissões Episcopais, na última reunião da CEM (Novembro 2012), coube-nos, este ano, apresentar e aprovar os respectivos Planos de Acção para o próximo triénio por cada um dos Presidentes das respectivas Comissões.


9.               Preparação da Sessão Plenária da IMBISA

A Sessão Plenária dos Bispos Católicos da África Austral realizar-se-á em Gaberon (Botswana), de 11 a 14 de Novembro de 2013. O tema do encontro será “A família, na situação actual: aspectos teológicos pastorais e sociais”.


10. Acção de graças pelo Papa Francisco

Aproveitámos a ocasião, de estarmos todos reunidos, para celebrarmos solenemente a Eleição e o Início do Pontificado de Sua Santidade, o Papa FRANCISCO, na Paróquia de Santo António de Malhangalene de Maputo, com a presença de numerosos sacerdotes, religiosos, religiosas e leigos. Ao mesmo tempo, também quisemos manifestar a nossa mais sentida gratidão ao Papa emérito Bento XVI pelo seu profícuo Pontificado.

Celebramos estes acontecimentos eclesiais, em comunhão com toda a Igreja, reafirmando a nossa fé no mesmo Deus, Uno e Verdadeiro, Pai, Filho e Espírito Santo,  e renovando a nossa obediência e fidelidade ao sucessor de São Pedro.


11. Ano da Fé dos Seminários Maiores

Para comemoração do ANO DA Fé dos Seminários Maiores de Moçambique, reunimo-nos no Seminário Interdiocesano de Santo Agostinho na Matola, onde, previamente à celebração, fomos iluminados por uma reflexão orientada por D. João Carlos Hatoa Nunes, Bispo auxiliar de Maputo, sob o tema: A Fé à luz dos Documentos Conciliares e do Catecismo da Igreja Católica.

Continuando esta comemoração, concelebramos solenemente a Eucarística com a presença dos Seminaristas Maiores dos Seminários Filosófico e Teológico, juntamente com aqueles do Seminário Propedêutico de Maputo, sem esquecer os numerosos sacerdotes, religiosos, religiosas e leigos que estavam presentes.

12.              Diversos.

- A Comissão Episcopal para o Clero vai enviar um subsídio para “Dia de Oração pela Santificação dos Sacerdotes”, que se celebra anualmente   na Solenidade do Sagrado Coração de Jesus.

- A Formação Permanente do Clero Diocesano será realizada por Províncias Eclesiásticas.

- A II Sessão Plenária da CEM deste ano realizar-se-á  em Maputo, de 4 a 10 de Novembro de 2013.


Maputo, 15 de Abril de 2013





+ D. Lúcio Andrice  Muandula,
Bispo de Xai-Xai e
Presidente da CEM



 


 


quarta-feira, 17 de abril de 2013

NÃO À VIOLÊNCIA, NÃO À GUERRA




NOTA PASTORAL DA CONFERÊNCIA
ESPISCOPAL DE MOÇAMBIQUE

Às Comunidades Cristãs,                                                                                                                 Aos homens e Mulheres de boa vontade,                                                                                                                  Às Autoridades civis, religiosas e Político-militares
      
Saudação
1 - A partir da sede da Caritas Moçambicana, em Maputo, onde estamos reunidos de 8 a 15 de Abril, para a nossa Primeira Sessão Ordinária da Assembleia Plenária do presente ano de 2013, vos endereçamos a nossa saudação de Pastores, com votos de que tenhais celebrado na paz e alegria a Páscoa do Senhor.

Solidariedade para com as vítimas de Muxunguè

2 - Depois dos gravíssimos acontecimentos dos dias 3 e 4 deste mês, que tiveram lugar em Gondola (Manica) e Muxunguè (Sofala), a nossa responsabilidade de Bispos nos impele a dirigir-vos uma palavra de exortação e de esperança.

3 - Antes de mais, queremos dirigir uma palavra de comunhão e de solidariedade na dor às famílias que perderam os seus entes queridos nos confrontos armados na Vila de Muxunguè, na madrugada do dia 4 do corrente mês e das vítimas nas emboscadas na da estrada nacional Nº 1 que se seguiram às escaramuças daquele dia. Às famílias enlutadas, aos feridos e respectivas famílias asseguramos as nossas preces.


A génesis dos últimos acontecimentos
4 – Como se pode constatar, os acontecimentos aqui em referência são uma repetição (em maior escala) de outros episódios e são fruto da intolerância política que tem caracterizado os últimos anos, em que o Partido no poder e a Renamo têm sido os protagonistas. Assim se confirmam as nossas palavras na Nota Pastoral do passado dia 6 de Agosto de 2012, onde, entre outras, dizemos: “Podemos continuar a perguntar se não estarão ameaçadas a democracia e a paz, quando temos a impressão de assistirmos no nosso País a um renhido antagonismo e uma falta de diálogo e de tolerância entre os dois partidos mais fortes, com a tendência de se denigrirem reciprocamente, ao ponto de não mais poderem ver nem apreciar os aspectos positivos que acontecem no seio do outro?” (Nota Pastoral: “Construir a Democracia para Preservar a Paz,” no 10).

Não à violência e à guerra
5 - Por diversas vezes, através das nossas Cartas Pastorais, vimos denunciando situações de injustiça, de exclusão social, de arrogância, intimidação, incitamento à violência verbal e física, gestos de antagonismo, etc., atitudes e práticas que condenamos vigorosamente.
 Sua Excelência o Senhor Presidente da República, Armando Guebuza e o líder da Renamo, o Senhor Afonso Dlakama, apregoam a importância e necessidade da paz; nós voltamos a reafirmar, com todo o vigor, que o diálogo, o respeito mútuo e a tolerância são a única via para pôr fim às situações como as que temos testemunhado e que desembocaram nas violências mortais de Muxunguè.
O Povo moçambicano diz NÃO à guerra. NÃO à guerra “grande” como a dos 16 anos; NÃO à guerra “pequena”, de um dia ou de uma hora. Em suma, NÃO à guerra armada ou verbal, seja quem for o protagonista. NÃO à violência física ou verbal, venham donde vier. Continuamos a reafirmar, junto com o povo moçambicano:  Ninguém deve atacar, ninguém deve ser atacado; ninguém deve retaliar, ninguém deve ser retaliado, porque tudo isto é violência. O caminho justo e correcto é o diálogo franco, honesto e respeitoso.
Apelos:
6 - O remédio para os nossos males, nesta nossa real situação, é a tolerância, o respeito mútuo, o diálogo permanente e construtivo.
 Por isso, apelamos às forças políticas, particularmente ao Governo, à Frelimo e à Renamo, na pessoa dos seus dirigentes, para que restabeleçam o método do diálogo e reafirmem o compromisso que assumiram no Acordo Geral da Paz, onde está dito que cada um dos signatários não agiria de forma contrária ao que rezam os diversos Protocolos que puseram fim ao conflito armado no nosso País (cf. Prot. I,  Dos Principios Fundamentais n.ºs 1 e 2)
 Portanto, esta é a estrada por onde devemos SEMPRE caminhar. Não está dito que depois de 20 anos este compromisso cessaria, compromisso que é, afinal de contas, norma universal para todos os Povos que desejam viver em paz. Não há nenhuma reivindicação que possa dar direito ao recurso a qualquer tipo de violência.
7 - Que se crie, portanto, um ambiente de paz e liberdade para os indivíduos, para os partidos políticos e para todos os grupos ou associações que promovem o bem. Que nenhum partido seja hostilizado nem veja as suas instalações e símbolos destruídos ou vandalizados. Os governantes e líderes dos partidos devem manifestar que querem a paz através de gestos concretos, a saber: diálogo transparente, paciente, sincero, aberto, honesto e permanente. O diálogo é um processo que se deve assumir e construir com perseverança e paciência.
8 - Perante a erupção de recursos no nosso País, não faltarão ambiciosos e gananciosos interessados em aproveitar-se das nossas divisões ou mesmo para provocá-las, para nos distrair enquanto eles exploram e drenam as riquezas do País. Para que isto não aconteça não devemos abrir brechas. Os problemas dos moçambicanos devem ser resolvidos pelos moçambicanos.
9 - Apelamos ao Povo para que não se deixe manipular por ninguém (partidos inclusive) e induzir para fazer o mal, seja de que tipo for e seja para que fim, sobretudo para praticar qualquer tipo de violência ou atrocidade.
10 – Apelamos aos sacerdotes: sejam solícitos em ajudar os fiéis e pessoas de boa vontade a viver a política na justiça, verdade e respeito recíproco e sejam verdadeiros ministros que promovem a paz e a reconciliação entre o Povo.
11 - A terminar, saudamos os governantes, as autoridades civis, religiosas e político-militares, e todos os homens e mulheres de boa vontade e fazemos votos para a paz, a serenidade e a alegria voltem para os nossos corações.

Maputo, 15 de Abril de 2013

Os bispos da Conferencia Episcopal de Moçambique
+ Lúcio Andrice, Presidente da CEM e Bispo de Xai-Xai
+ Francisco Chimoio, Vice-Presidente da CEM e Arcebispo de Maputo
+João Carlos Hatoa, Secretário da CEM e Bispo Auxiliar de Maputo
+  Germano Grachane, Vogal da CEM e Bispo de Nacala
+ Claudio Dalla Zuana, Vogal da CEM e Arcebispo da Beira
+ Adriano Langa, Vogal da CEM e Bispo de Inhambane
+ Tomé Makhweliha, Arcebispo de Nampula
+ Francisco João Silota, Bispo de Chimoio
+ Inácio Saure, Bispo de Tete
+ Hilario Massingue, Bispo de Quelimane
+ Francisco Lerma Martinez, Bispo de Gurúè
+ Elio Greselin, Bispo de Lichinga
+ Pe. Fernando Domingos da Costa, Administrador Apostólico de Pemba

domingo, 14 de abril de 2013

Jornada da Fé

Realizou-ze na manhã do dia 13 de Abril, no Seminário Filosófico Interdiocesano "Santo Agostinho" na Matola, a Jornada de fé.
Painel na Palestra proferida por D. João Carlos
Tratou-se de um evento promovido pela Conferência Episcopal de Moçambique, como resposta concreta às diversas iniciativas neste campo, para a vivência do Ano da Fé a nível nacional.
A jornada teve dois momentos:
O primeiro comportou de uma Palestra sobre o ano da Fé à luz dos Documentos do Magistério, proferida no Salão Auditorium local, por S. Excia Rev.ma Dom João Carlos Hatoa Núnes, Bispo Auxilair da Arquidiocese de Maputo.

O segundo momento foi a solene concelebração eucaristica, presidida por S. Ex.cia Rev.ma Dom Lúcio Andrice Muandula, Bispo de Xai-Xai e presidente da Conferência Episcopal de Moçambique e concelebrada por vários Bispos da nossa Conferência e presbíteros das diversas casas de formação.
Seminaristas
D. Lúcio Muandula
A efeméride contou com a aparticipação dos seguintes Bispos: Dom Lúcio Muandula, Presidente da CEM, Dom Francisco Chimoio, rcebispo de Maputo, Dom João Carlos Hatoa Núnes, Bispo Auxiliar de Maputo, Dom Adriano Langa, Bispo de Inhamabane, Dom Cláudio dalla Zuanna, Arcebispo da Beira, Dom Francisco João Silota, Bispo de Chimoio, Dom Inácio Saúre, Bispo de Tete, Dom Hilário da Cruz Massinga, Bispo de Quelimane, Dom Francisco Lerma Martinez, Bispo de Gurúè, Dom Tomé Makheliha, Arcebispo de Nampula, Dom Germano Grachane, Bispo de Nacala, Dom Elio Greselin, Bispo de Lichinga e Pe Domingos Fernando Costa, Admnistrador Apostólico de Pemba. 
Honrou a presença do Mons José Luís Serrano, secretário da Nunciatura Apostólica em Moçambique.
Participaram no evento, formadores e seminaristas do Seminário Teológico S. Pio X, Cristo Rei da Matola, Santo Agostinho e outros Institutos religiosos com casa de formação.

Bispos Concelebrantes

Café








terça-feira, 9 de abril de 2013

Novo Deão

Dito Alberto Sixpenze, Deão


Na noite da Quinta feira, foi eleito o estudante Dito Alberto Sixpenze,do 3º ano e da Diocese de Chimoio, novo Deão da Comunidade.
Desde o ano de 2012, Dito vinha desempenhando as funções de Vice-Deão.
Neste momento, a comunidade do Seminário agradece pela disponibilidade de Dito de aceitar de coordenar a comunidade estudantil do Seminário.

domingo, 7 de abril de 2013

Crónicas de Abril

01/04/2013: Às 19 horas tivemos o ágape pascal da comunidade e as 21 horas a recreação. No mesmo dia, hospedou-se no nosso Seminário o Pe Alberto Ferreira, Magnífico Reitor da UCM.

02/04/2013: Chegou ao nosso Seminário, o Padre Paulino de Castro, Vice reitor da Sala Anexa de Filosofia de Nampula, de viagem a Guiua para a reunião anual dos reitores.

03/04/2013: Partiu para Guiúa, o Reitor do Seminário para participar no encontro dos Reitores.

04/04/2013: Na nossa comunidade houve a eleição do Deão. Foi eleito o estudante Dito Sixpenze, da Diocese de Chimoio do 3º Ano de Filosofia. No mesmo dia, chegou ao nosso Seminário o Pe Américo João António da Diocese de Gurúè.

06/04/2013: Regressou de Guiúa o Reitor do Seminário. Visitou o nosso Seminário S. Ex.cia Rev.ma Dom Cláudio dalla Zuanna Arcebispo da Beira, Dom Francisco Lerma, Bispo de Gurúè e o Pe Rito Alberto. À noite, chegaram os padres Valério Aramuge, Pe Domingos, Pe Joaquim Torris para realizar eoncontros com os Seminaristas das suas Dioceses enquanto Responsáveis das vocações. Ainda neste dia, chegou ao nosso Seminário o Arcebispo emérito da Beira, Dom Jaime Pedro Gonçalves

Tríduo Pascal

No presente ano e tal como consta no calendário anual das nossas actividades, o Tríduo Pascal foi vivido como um moneto de reflexão para a Comunidade formativa do nosso Seminário.
Assim, depois da Solene Missa Crismal, às 18 horas, teve início a celebração da Missa In coena Domini, presidida pelo Reitor do Seminário Pe Tonito Muananoua.
Na sua homilia, Padre Tonito sublinhjou a dimensão do serviço e do amor como um testamento que Jesus nos deixou como herança. Pe Tonito recorreu ao sagrado concílio para apresentar a realidade de serviço como um imperativo e prioridade e, para o caso Moçambicano, desde 1977 na I Assembleia Nacional de Pastoral, uma opção da Igreja que vive de pequenos serviços oferecidos gratuitamente.

Depois da homilia, seguiu-se a cerimónia do lava-pés. O reitor lavou os pés doze jovens, representando as doze dioceses do nosso pais.
No fim da celebração houve a transladação do Santíssimo Sacramento com a respectiva Adoração até à meia noite.

SEXTA FEIRA SANTA
O dia começou com o ofício divino, presidido pelo Reitor com a participação dos Padres da Paróquia do Amparo e do Seminário Cristo Rei.
Às 09 horas, tivemos uma meditação no salão auditorium, dirigida pelo Prefeito de Estudo.
ÀS 14 horas, teve início a via crucis orientada pelo Padre Silvio, Director Espiritual e, às 15 horas teve lugar a Paixão do Senhor. Seguiu-se depois o momento da Adoração da Cruz... Às 21 horas, houve a projecção de um filme da paixão do Senhor.

SÁBADO SANTO
Às 07 horas tivemos o ofício divino e um pouco de trabalhos em preparação da Vigília Pascal. às 10 horas  houve a possibilidade de Confissões.
Às 20 horas, tivemos a solene celebração da Vigília Pascal, presidida pelo Pe Manuel Damião Jorge que terminou às 23 50. Seguiu-se depois o reveion.
Mais pormenores, pode-se consultar a galeria fotográfica neste blogger